Das fugas in(conscientes)

Ontem houve aula livre de aéreos. Tinha-me inscrito, apesar de as aulas só recomeçarem, propriamente, em Outubro.
Acabei por não ir. Posso dizer que estou com TPM, e talvez isso explique um pouco a minha decisão. Mas claro, há sempre algo mais profundo.
Gosto de acrobacias aéreas, desde que experimentei pela primeira vez em 2016. Mas é difícil. É sempre difícil. Fisicamente e emocionalmente.
De entre os alunos, sou sempre a pior. Quando chegam novos alunos, em 2 horas conseguem fazer o que eu demorei 2 meses a conseguir.
Penso que já escrevi sobre isto anteriormente. E se sim, repito. Não me custa que os outros sejam melhores do que eu. Custa-me que eu seja a pior. E não é só por uma questão de ego que eu sei que está presente. É por reconhecer que há um medo e resistência em mim que eu receio não conseguir ultrapassar.
Mas lá regressarei às aulas porque acredito que o devo fazer. Por ser difícil, devo ir. Desafiar-me no domínio e consciência do corpo, no convívio com os outros, desafiar as minhas inseguranças e fraquezas e celebrar as minhas conquistas.
Acabei por ir ontem caminhar. O destino foi, uma vez mais, Braço de Prata. Vá-se lá entender porquê!
Nestas alturas do mês, sinto-me sempre mais confusa e emotiva e essa confusão e emotividade estiveram presentes em cada passo que dei. A dada altura pensei que teria sido melhor recolher-me a casa cedo, mas não o fiz, como talvez hoje também não o faça.
(Imagino que algum terapeuta pudesse encontrar uma qualquer explicação para justificar o meu constante tardar a casa.)
Acabei por aceitar a minha própria confusão sem racionalizar em demasia. Permiti-me a sentir a tristeza. Permiti-me a reconhecer que há situações que ainda exigem de mim um trabalho profundo, mas que eu ainda não consigo fazer melhor do que faço.



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