Assim, vou fazendo o que resta... caminho.
Para os pouquíssimos que me leem, ou me venham a ler, informo que mudei o nome deste blog.
Depois de 10 anos em mergulho no esoterismo e a rebuscar palavras cujo significado eu talvez nunca tenha efetivamente entendido, resolvi simplificar.
Chamei-o agora de A Caminhante porque caminhar tem sido uma das atividades que mais paz e tranquilidade me tem trazido na minha vida. E talvez sejam estes os momentos em que eu tenha conseguido encontrar mais respostas, ainda que quase sempre numa escala diminuta.
Tenho partilhado as minhas dúvidas e ansiedades com as minhas amigas mais queridas. Mas não vemos todos as mesmas coisas, nem acreditamos todos nas mesmas coisas e há um momento em que temos de concluir algo por nós mesmos e não está a ser fácil fazê-lo.
O tempo em que estive envolvida nesta vaga de pseudo-espiritualidade tinha-me trazido, pelo menos, a sensação de pertença a algo e agora, semelhante à extração de um dente sem anestesia, sinto diariamente o buraco vazio que lá ficou e a dor que ainda permanece.
Tento sentir mais as coisas, confiar mais no meu coração, mas a barreira mental que me é tão característica dificulta-me o caminho.
Às vezes, apetece-me desistir e gritar aos ventos: "Posso limitar-me a estar e a existir?"
Talvez ninguém me o impeça a não ser eu mesma.
Acho que hoje invejo de certo modo as certezas dos outros porque eu também já as tive e essas "certezas" traziam alguma tranquilidade, uma sensação de estar num caminho que só poderia ser o certo.
Agora não há certezas de espécie alguma. Não há estruturas fortes o suficiente que não possam vir a ser derrubadas perante até uma simples inquirição.
Enfim, eu queixo-me mas não quereria voltar atrás e regressar a um "saber" que hoje me parece menos credível.
Assim, vou fazendo o que resta... caminho.
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