Sei lá!

Abril chegou. Tenho vindo a este espacinho virtual diariamente mas as palavras não saem. É-me difícil escrever no desconforto. Tenho receio de me tornar repetitiva ou melodramática. Não sei bem o que será pior. Felizmente está sol e apesar de tudo o que eu possa sentir, porque não consigo evitar sentir, ou pensar, porque não consigo evitar pensar, agarro-me à luminosidade dos dias primaveris e ao desejo de mergulhos em água salgada.

Ando no para-arranca. Não sei bem se estou a avançar ou a recuar porque talvez o reviver seja necessário para superar, mas o reviver também é ficar a marinar mais algum tempo, e eu não queria isso.

Assim, volto a um comportamento um pouco obsessivo que não lamento apenas porque já me cansei de o lamentar. Eu tento fazer melhor e ser melhor mas há momentos em que realmente não consigo. Chegam a inveja, os ciúmes, a comparação, a negligência. Volto a um registo que eu já gostaria de ter superado por esta altura. É uma merda, mas não consigo ainda encontrar recursos em mim para fazer diferente. Ou talvez permaneça em fase de processo e este processo esteja a levar mas tempo do que o desejável. Sei lá!

Ainda acredito que tudo acontece como tem de ser. Ainda acredito que tudo acontece no tempo certo. Mas às vezes esta ideia dá-me raiva e parece-me que a vida é apenas uma piada que alguém disse e da qual ninguém se riu.

P.S. Foto dos percursos que vão acompanhando as minhas reflexões. 2 em 1: amor pela fotografia e pela bela cidade de Lisboa.



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