Caminhar fora a olhar para dentro

Tento ver o lado positivo das coisas. Acima de tudo é um mecanismo de sobrevivência. 
Este fim de semana, agarrando-me a esta minha forma de sentir, aproveitei bem os dois dias para treinar afincadamente, caminhar e desfrutar a subida da temperatura.
Caminhei até me doerem as pernas e ficar com bolhas nos pés mas, como sempre, houve a benesse de me poder libertar de alguns pesos. 
Fui descobrir o Parque dos Moinhos de Santana e, do alto do miradouro, vislumbrei ao longe a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei semi-encobertos por neblina.
Ao final da noite de Domingo procurei respostas nos mesmos sítios onde procurei em tempos quando me virei para a espiritualidade e acreditava em coisas do outro mundo. Desde há um ano que me tenho afastado um pouco desse caminho mas, o que encontrei ontem, o que li ontem, fez-me muito sentido.
Olhei para dentro de mim e senti como ainda há partes minhas que eu rejeito talvez com a mesma intensidade com que treino. Ainda há partes minhas às quais imponho o silêncio e uma total ausência de manifestação. Traduzindo para linguagem corrente, ainda me é difícil mostrar vulnerabilidade. Talvez por isso mesmo seja tão permissiva em relação a certas pessoas. Não é por fraqueza que vou permitindo as coisas, permito sim porque tento provar a mim mesma que não me dói, não me incomoda. Mas ao subir aqueles carreiros em direção ao topo, na minha única companhia, entendi que tenho de fazer mudanças na minha vida. Não posso desistir tão cedo de curar o meu coração e ainda vir a acreditar no amor. Devo isso a mim mesma!





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