Regresso às caminhadas

Regresso às caminhadas. Às vezes estou até à ultima a decidir se vou ou não. Ando sempre carregada com a mochila do desporto e sinto frequentemente dor nas pernas, mas lá vou eu.
Há uns anos fazia a mesma coisa e cheguei a ser alertada se não seria o desejo de fuga a tardar-me tanto no regresso a casa. Não tenho a certeza, mas sinto que preciso sempre primeiro de aliviar o peso da alma e do coração e esta é a única forma que conheço e que se tem revelado eficaz.
Não faço propriamente nada de especial a não ser andar, observar tudo o que me rodeia e escolher caminhos que, ainda que possam parecer aleatórios, raramente o são.
A um nível mais profundo sinto que não há para onde ir nem vou ao encontro de ninguém, por isso posso dedicar o meu tempo a andar por aqui e por ali, a maravilhar-me e, inclusivamente, a deixar uma lágrima mais rebelde escorrer pelo meu rosto.

Não sou uma pessoa infeliz. Sei bem disso. Mas também não vivo na nem em euforia. Sou um pêndulo pouco oscilante, daí que raramente toque os extremos.

Talvez este seja o meu propósito de vida: estar e andar. Pelo menos isto é real, tudo o resto parece demasiado ilusório.









Por fim, cheguei à Graça que, fazendo juz ao seu nome, dá um ar da sua graça.
Os Santos Populares estão à porta e na Graça a porta já está bem aberta! :)




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