Que vês em ti?

Há trabalhos verdadeiramente hercúleos que nos levam uma vida inteira até que consigamos levá-los a bom porto.
Acho que nunca poderemos dizer em plenitude e  com convicção que "entendemos", "encaixamos", "integramos" e "aprendemos". É um carrossel de subidas e descidas, de insights que nada mais são do que isso mesmo, instantes, rasgos de consciência.
Regressei esta semana ao ginásio. Tenho tentado que a minha principal motivação seja o meu bem estar mental, primeiramente, e depois físico. Mas a passagem do tempo tem me vindo a mostrar que há sequelas interiores que não podem ser curadas meramente com calorias perdidas no ginásio. Quando me olho ainda me vejo com desconfiança e quando me olho ainda não gosto do que vejo.
É verdadeiramente contraditório como eu, crente na existência humana e no direito à existência de cada ser, e acreditando que se todos viemos do mesmo local não podem haver uns melhores do que os outros, ainda reconheço tão de menos em mim e tão de mais nas outras pessoas.
Tenho-me rendido um pouco, não ao facto de achar que sou menos, mas que talvez seja necessário ainda um trabalho profundo para que me veja um pouco mais. Ainda não me elevo mas também não desço em demasia.

À parte disso a semana trouxe-me sonhos bonitos que gosto de pensar que poderão ser um bom pronuncio. 

(Imagem retirada da net, pode ter direitos de autor)



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