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A mostrar mensagens de novembro, 2021

Dia 17

If I could tell the world just one thing It would be that we're all ok And not to worry because worry is wasteful And useless in times like these I will not be made useless I won't be idled with despair I will gather myself around my faith For light does the darkness most fear Jewel, Hands

Dia 16

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Está frio, muito frio. O frio sente-se na pele e na alma. Mas a pele pode ser tapada, coberta. Já com a alma são outros quinhentos. Os meus sonhos desta noite levaram-me novamente para onde não quero ir. Quando acordo, resta o vazio. Gostaria de retirar partes do meu coração, mas não é possível. E ainda que me custe admitir perante o mundo o que sinto, não posso não admiti-lo perante mim mesma. Já alguma vez aconteceu quererem tanto algo de que fogem ao mesmo tempo, só pelo desconforto emocional que sentem? Convenhamos que na prática eu não fugi. Apenas aceitei a ausência como um mal menor. E de facto é um mal menor. Talvez por esse mesmo motivo a solidão me seja tão confortável e tão cómoda. Hoje, a caminho de Lisboa, refleti na minha própria contradição. Quis tanto que me vissem, mas ao mesmo tempo não quis e não quero ser vista. Quero mostrar o melhor, ocultando o pior e às poucas pessoas que mostrei o pior quis que se agarrassem apenas ao meu melhor.  Desejei ser o suficiente,...

Dia 15

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Quando reconheces parte de ti 🙏

Dia 14

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Sábado. Dia de descanso, de pijama, manta e aquecedor. Questiono a minha fé, o meu sistema de valores. Não digo que "não é assim" mas admito possibilidades, "e se não for assim". Vejo então, de forma crua a minha submissão. Tenho caminhado a achar que me afastava daquele modelo interior caótico de 2014, para descobrir que vou ao encontro do mesmo, apenas mudando os intervenientes. 7 anos passaram, mas talvez muita coisa ainda não tenha passado em mim. Lembro-me entretanto que hoje, ao vir para casa, parei para admirar os campos de verde e castanho. Parecia que estava a olhar para uma pintura. Aquilo em que acredito é o que me faz prestar atenção ao que me rodeia, à beleza que me circunda. Estarei assim tão equivocada? Se não houver o espírito, que interessa a matéria em si mesma? 

Dia 12

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São 13h34. A EMA anunciou a aprovação da vac$na para crianças dos 5 aos 11 anos. Hoje também é o dia em que o Primeiro Ministro irá informar sobre as novas medidas considerando o aumento de casos nas últimas semanas.  O mundo está a tornar-se num sítio perigoso. Já o disse outras vezes. Já senti isto outras vezes mas nunca num grau tão profundo. O mundo é um sítio perigoso fruto da ignorância, do medo e da intolerância.  De um ponto de vista sociológico é interessante perceber como a população reage de forma tão semelhante ao que vem descrito nos livros de história sobre a Idade Média. É uma verdadeira caça às bruxas para que estas (e estes) ardam nas chamas da opinião pública. Não posso dizer que estou triste. A história repete-se e, se virmos bem, a humanidade não evoluiu assim tanto. Continuamos a buscar fora aquilo que julgamos que irá acalmar o vazio interior e continuamos a apontar o dedo ao outro pela nossa grande incapacidade em lidarmos com as nossas próprias sombras....

Dia 11

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  Alister Crowley, O Livro de Thoth

Dia 10

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Ontem saí do trabalho sem saber muito bem para onde ir. Não me apetecia ir para casa. Apesar de estar um frio de rachar, aventurei-me pelas ruas escuras por onde, há dois anos, seguia caminho quase semanalmente. Já tinha passado várias vezes perto da Basílica da Estrela mas não me lembro de lá ter entrado, até ontem. A minha mãe tem um fascínio por igrejas e capelas, algo que talvez eu nunca venha a entender. Mas é um facto que naqueles espaços se sente uma paz e tranquilidade enormes. Caminhei lentamente, observei com atenção a cúpula e "falei" com  Santa Teresa. Questionei porque se sacrificou pelos outros. Não sei porque lhe perguntei tal coisa considerando que, inclusivamente, desconheço por completo a sua história de vida. A minha mente e o meu coração acabam por tocar em pontos sensíveis da minha alma. Não percebo por que temos de dar aos outros quando recebemos tão pouco em troca. Não percebo por que se promove tanto a ideia de bondade e altruísmo, se depois saímos de ...

Dia 9

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Segunda-feira chegou. Caminhamos a passos largos para o fim do ano. Tenho fé e esperança. O meu mundo interior vai-se revestindo de luz e energia e recorro a ele sempre que preciso. Tenho pensado imenso na minha vida, no meu crescimento e na minha aprendizagem. Depois de tanto tempo a lutar contra a maré, estou apenas a deixar-me ir, sem resistências. Fora os momentos em que a TPM liberta a minha Kali, de uma forma geral vou estando mais calma e mais centrada. O meu desejo atual é o de me desfazer de alguns objetos, roupa e acessórios de que já não precise. Tenho coisas em demasia, em excesso. Bugigangas a ganharem pó, a não serem usadas, que representam uma energia estagnada. Não preciso de energia estagnada. Pretendo também uma vida mais simples, com menos. Menos fora de mim e com maior consciência dentro. Não posso afirmar com 100% de certeza que entendo o que a vida pretende de mim mas sinto, do fundo da minha alma, que será algo aproximado ao que estou a pretender fazer. [Entretan...

Dia 8

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Os domingos fazem-se de saídas, compras e comida, a terminar com um passeio pela memória da minha vida ao som do tambor.

Dia 7

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Não sei se foi em sonho ou se estava desperta. Sei apenas que esta manhã, por uns instantes, tive um momento de clareza. Havia uma voz dentro de mim que me dizia que só ultrapassamos a dor com a aprendizagem. Nesses minutos propus-me a duas coisas. Descer do pedestal onde, com maior ou menor consciência, eu me coloco e não ter medo em mostrar a minha vulnerabilidade. Mentalmente escrevi um rascunho de carta onde comecei por admitir que tenho demorado imenso tempo a curar algumas feridas e apenas naquele momento em que colocava as palavras no papel, sentia ter havido uma abertura da minha parte para pedir perdão. Estas são as cartas que talvez nunca envie e talvez o maior pedido de perdão seja aquele que terei de dirigir a mim mesma.  Ao longo da reflexão apercebi-me, igualmente, de que não existem castigos exteriores. Se há um castigo, ele reveste-se, claramente, da dor que sinto, que ninguém me obriga a sentir, mas da qual eu tenho dificuldade em me libertar. Talvez por isso seja ...

Dia 6

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Chegámos à lua cheia em touro com eclipse lunar parcial. A Mónica perguntava-me hoje de manhã se me sentia diferente. A rir respondi: "sinto-me como sempre me sinto." Não há estranheza diferente da habitual. Dizem que os céus estão em chamas. Segundo Hermes Trismegisto, "o que está em cima está em baixo", ou seja, o que se manifesta no universo manifesta-se, igualmente, dentro de cada homem. Talvez assim seja, e talvez também a humanidade esteja em combustão, levada, sobretudo, pela ignorância. Também eu me assumo como ignorante. Afinal, que sei eu da vida? Os números da covid19 [aquele tema do qual não gosto muito de falar] estão a aumentar. Há uma maior pressão para os não-vacinados de se vacinarem e há, claramente, uma maior intolerância. Dos dois lados, devo dizer! Atualmente vejo este plano em que nos encontramos como um campo de batalha, cada um a puxar a corda para o lado em que escolheu ficar. Quanto a mim, apenas sei que tenho mais dúvidas do que certezas. ...

O mundo que temos

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Um dia escreverei sobre isto. Hoje não é esse dia. Deixo apenas, para memória futura, registo do que atualmente se escreve na comunicação social. A saber, não sei exatamente onde está o certo e o errado, mas sinto que caminhamos mais para a separação do que para o coletivo. Pegando num comentário que li há uns meses de um anónimo, "o ditador esconde-se dos dois lados."

Dia 5

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Há momentos em que o silêncio é audível. Quem o negue não estará certamente suficientemente silencioso para o ouvir. Este silêncio intui-se nas ruas desertas, na hora avançada da noite, nos passos lentos e conscientes que marcam a nossa passagem. Ide! Vão ouvir este silêncio! Vale a pena!

Dia 4

Ando em conflito comigo mesma, é um facto, sobretudo na forma como me apresento. Não vejo este conflito necessariamente como algo mau. Reconheço-o como um vislumbre das várias máscaras que vão oscilando e eu, de certo modo, busco por uma definição de qual delas estará mais próxima da essência. A questão é: qual é a minha verdadeira essência? Imaginem que há um momento na vossa vida em que decidem que, de agora em diante, querem ser o mais fiel possível a vós mesmos, mas como ainda não sabem bem quem são, não conseguem perceber onde reside essa autenticidade. Pois bem, assim sou eu neste momento da minha vida! E se bem que queira andar invisível durante o processo, também começo a perceber que ainda procuro o reconhecimento exterior mesmo que seja dessa minha invisibilidade. Ou seja, parece que muda muita coisa mas no fundo não muda nada!

Dia 3

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Ontem fui caminhar um pouco a seguir ao trabalho. Percorri a D. Maria Pia até Alcântara, um percurso de que gosto imenso mas que já há algum tempo não fazia. Senti-me incrivelmente bem, quase a ser envolvida pela noite agradável de Novembro. Tentar descrever em palavras o que senti naquela hora é retirar-lhe encanto porque há tanto que não pode ser verbalizado, apenas se exige presença no momento. Sei que sou estranha pelas coisas que valorizo, pelo que me faz estar bem. Mas pouco me importo com isso. Talvez ninguém tenha realmente conhecido a verdadeira Lídia e talvez por esse mesmo motivo também nunca tenha sido aceite por quem sou verdadeiramente. Isso também já não tem muita importância para mim. Como li há dias: "A pior solidão é aquela que nos ausenta de nós mesmos." Não se trata de como nos veem. Não se trata sequer de verificar se somos vistos. Mas sim, quem somos connosco próprios e em que ponto nos permitimos a viver na nossa verdade. Dito isto, sou capaz de jurar q...

Dia 2

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Esta noite sonhei com água, imensa água. Há três momentos distintos: - Cozer alimentos em água; - Lavar roupas em alguidares repletos de água; - O meu afogamento numa praia. Ao longe avistavam-se barcos com um formato estranho. Em cada um encontravam-se indivíduos sem cabelo e com túnicas pretas, uma vestimenta semelhante à que eu envergava na minha "morte" simbólica de há alguns meses. (ver  Tubarão (8alaya.blogspot.com)  ) Tenho uma vaga memória da casa onde decorreram as duas primeiras cenas: um candeeiro no canto com pouca iluminação, o chão com tábuas de madeira, uma cama de ferro branca, objetos - que não consigo propriamente identificar - em tons de cor de rosa. Ou seja, um quarto de menina. Havia lá alguém! Uma rapariga que estaria a mudar-se daquela casa.  Já na praia, recordo-me que estava com a minha irmã. A dado momento ela grita a alertar-me para aqueles indivíduos estranhos que chegavam pelo mar. Sou levada pela água. Como da outra vez, no meu sonho tenho pl...

Dia 1

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Sinto a tensão em mim. Ontem acordei e adormeci várias vezes e sempre os meus sonhos eram percorridos pelas mesmas pessoas e colocados em evidência os meus medos. O cansaço era grande quando finalmente me obriguei a despertar e parecia não ter dormido tantas horas. Não consigo fugir. Não consigo fingir. Nem quero. Aceito os meus cuidados paliativos enquanto me falta a energia. Ela voltará a seu tempo. Reconheço alguns dos meus padrões. Tivesse eu mais amor próprio não me sujeitaria a tanta merda! Mas chega de me afirmar como aquela que busca a verdade mas apenas enterra a cabeça na areia como uma avestruz. Não mais! Retiro-me do palco que virou comédia e desço pelas escadas em silêncio. E não se pode dizer que me custe assim tanto.

Silêncio

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Esta noite os sonhos trouxeram-me o passado envolto em desejos. Nem me quero lembrar! A falar com uma amiga minha, ela alertava-me que vivemos um tempo em que somos obrigados a enfrentar situações que ainda não estão resolvidas. Acho que isto é o que mais me custa. O querer avançar e o saber que ainda levo a reboque muito entulho.  Adoro esta estação, já o disse antes, mas começo a aperceber-me que Novembro e Dezembro são os meses em que, por norma, as minhas emoções mais afloram e, verdade seja dita, não me apetece lidar com isto. Não me apetece lidar com o que eu acho que já devia ter conseguido ultrapassar. Tristeza não é propriamente algo que se manifeste em mim. Valha-me isso! A minha fé na evolução humana é forte. Ainda assim, saber que o meu tempo é este e que a urgência que sinto não acelera o meu passo, custa-me! A sério. Há dias em que me custa mesmo! Já alguma tiveram a sensação de terem a verdade à frente dos vossos olhos e, simplesmente, não conseguirem ver? De estarem...

11:11

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Faltam menos de dois meses para o final do ano. Astrologicamente tenho lido que estes meses vão ser desafiantes. Hoje temos o portal 11:11, dia 19 teremos uma fortíssima lua cheia e em Dezembro ocorrerá a quadratura exata entre Úrano e Saturno. Como cada um de nós viverá os seus efeitos, só o futuro o dirá. Por ora sei apenas que sinto diariamente o frio a entranhar-se nos ossos e tenho tido maior dificuldade em adormecer. Se já era antissocial, ainda estou mais, sem qualquer peso na consciência. As minhas hormonas deixam-me dormente, num quase estado de letargia. As minhas companhias são os livros, os áudios e as minhas gatas. Sairei deste marasmo, acredito! Mas não agora. Numa altura em que tantas frechas estão abertas e os véus que separam os planos parecem tão ténues, apetece-me selar portas e janelas por onde possa entrar qualquer poeira mental. A ignorância impera. O medo impera. Não são bons sintomas sociais. A contragosto vou-me esforçar por caminhar, para que no silêncio do en...

Vou contar-te um segredo

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Vou contar-te um segredo. Frequentemente, os outros projetam em nós a sua frustração e dor através das palavras cruéis que nos dirigem. Pode parecer que estão a falar de nós, mas, na verdade, estão a falar deles próprios. Não pretendo desvalorizar o peso que tais palavras podem ter no nosso âmago, mas, aceitá-las enquanto verdade, é uma escolha unicamente nossa. Não deixes que os outros te façam sentir dor alheia, aquela dor que eles próprios não estão dispostos a curar.

Novembro

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Bem vindo Novembro da chuva, do anoitecer precoce, do lugar dos meus sonhos. Desejo tanto conectar-me contigo mãe natureza, matriarca dos quatro elementos!