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A mostrar mensagens de junho, 2020

Mulher

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Sou aluada, perco-me nos meus sonhos e em mundos que não este. A mulher é cíclica. Como mulher que sou, também eu sou cíclica e mudo-me com frequência e a rápida velocidade. Mas decido tomar as rédeas do meu destino, mais que não seja na forma como opto por encarar e viver a minha ciclicidade.  Entendo que nem sempre estou disponível para os outros e não há mal nisso. Entendo que há momentos em que preciso de estar apenas comigo mesma e não há mal nisso. Entendo que, ainda que me possa sentir alegre, nem sempre tenho vontade em falar e não há mal nisso. Entendo que, ainda que me possa sentir triste, não quer dizer necessariamente que vá chorar e, caso o faça, posso não pretender ter presente quem testemunhe a minha fragilidade. E não há mal nisso. Entendo que às vezes perco a cabeça, sou impulsiva, perco as estribeiras mas não acredito que isso traga grande mal ao mundo. Sou o que sou. Às vezes extremamente meiga. Às vezes extremamente rude. À vezes dou colo, às vezes sou eu que pr...

Coragem

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"Serei capaz de seguir em frente, de me curar, de enxugar as minhas lágrimas." E digo hoje estas palavras com um sorriso nos lábios para que delas não me esqueça quando o dia não for especialmente favorável e me apetecer fazer tudo menos sorrir. Sou a minha própria força. Que a coragem não me falta, nem uma certa dose de loucura!

Abro o coração e confio

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Perdão

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Sobre o perdão! O desafio de domingo foi refletir sobre o perdão. Sou uma pessoa rancorosa, admito. Consigo perdoar quem não me é nada exatamente devido à importância diminuta que tem na minha vida. Mas perdoar aqueles que me são próximos, aqueles de quem eu esperaria mais, é uma outra história. Este “esperar algo” de alguém assenta muito nas nossas próprias expectativas e projeções. Espero que o outro seja qualquer coisa e quando ele se mostra diferente daquilo que aparentava ser ou do que eu achava que ele era, sinto-me traída e enganada. Mas afinal onde reside o equívoco? Quando alguém age ou tenta agir de acordo com a sua verdade quem sou eu para me sentir traída pelo facto de o outro manifestar algo tão diferente do que eu esperava? E isto dá para os dois lados. Terei eu de me lamentar se desiludi alguém por não corresponder às suas expectativas? Nós vimos a este mundo (pelo menos é essa a minha crença) para evoluir e os desafios servem o propósito de nos tornarmos cada ve...

Desabafo

Vem em tom de desabafo. Autorizam-me a não ter medo? Autorizam-me a andar feliz e contente, porque escolho ser uma pessoa feliz e contente, e andar pelas ruas da capital, a apreciar as coisas simples e belas? Autorizam-me a viver o meu dia a dia da minha forma porque, conhecendo-me eu minimamente, considero que estar confinada em casa afeta muito mais a minha saúde física e mental, do que arriscar retomar a minha vida no exterior? Até porque a minha atividade profissional assim o obriga. Em março ouvi de uma pessoa que muito admiro a seguinte frase: “recuso-me a viver com medo!” Quando hoje se impõem novas restrições na capital, recordo as suas palavras e grito bem alto:  “Recuso-me a viver com medo!”

Manhãs

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As minhas manhãs são assim, de vistas que enchem os olhos, de um espreitar atrás das árvores como uma criança traquina num jogo de esconde-esconde com o sol. Na maioria das vezes isto é o suficiente para me deixar com um sorriso nos lábios. Que haverá a lamentar quando a natureza nos sorri de volta?! A perfeição existe, mas não de acordo com os nossos habituais critérios. A perfeição de que falo é a perfeição das assimetrias, das diferenças e alteridades. Do que parece que não combina mas arranja forma de coexistir saudavelmente. Das gargalhadas estridentes que quebram o silêncio mais pesado. Das cores espampanantes e atitudes exuberantes. Dos círculos que se encaixam nos quadrados. Das calças às riscas e camisolas às bolinhas. Dos pulinhos de alegria. Da liberdade em se ser quem se é.  As minhas manhãs são assim, de eternas descobertas.

Onde dói?

De onde vem a dor e o desconforto que sentes? Há algum tempo decidi que estava na altura de fazer cortes energéticos na minha vida. Refleti, meditei sobre o assunto e aconselhei-me. Nas leituras que fiz, sugeria-se que primeiro se identificasse de onde vem o desconforto. Quando algo que acontece te magoa, ou alguém, onde te dói exatamente? Que parte do corpo sente e manifesta essa dor? Nunca tinha pensado nisso. Há ano e meio lembro-me de andar com imensas dores na garganta, aquilo que comumente chamamos de “nó na garganta”. Para mim era claro o motivo. Refletia tudo aquilo que queria dizer, mas que escolhia calar. Sentia raiva por me ver em determinadas situações, mas não expunha a minha frustração, não me confrontava com ela, não verbalizava.   Engolia em seco, consentia e permitia. Com o tempo fui-me habituando a falar mais, a dizer mais o que sinto e penso, às vezes de forma até bastante agressiva. Parece que tudo o que não disse teve então pressa para sair e as palavras ...

Making (being in) peace with my empress

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Mulheres

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Encontrei esta imagem hoje. Desconheço a autoria. É uma imagem linda a meu ver. Trabalhar a fraternidade entre mulheres tem sido um dos meus mais recentes desafios. Encontro-me entre mulheres que são como eu, que carregam sonhos e expectativas, mágoas e desilusões, mas, e ainda assim, não desistem. Através do que aprendo com elas, tento curar as minhas próprias feridas, algumas das quais já estão tão encrustadas que custam a sair.  Mas vão sair, a seu tempo. <3 Estou certa disso. (Imagem retirada da net, pode ter direitos de autor)

Uterus [Quotes]

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"I have a brain and a uterus and I use both." Patricia Schroeder (Imagem retirada da Internet, pode ter direitos de autor)

Fases e faces

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Estou na fase outonal do mês. As mulheres saberão certamente do que falo. Quando me alinho com a lua, reconheço as minhas diversas caras e facetas. Sou inconstante ao querer ser tanta coisa ao mesmo tempo, mas não consigo evitar nem a inconstância nem o desejo de excessos. É o meu lado buscador, aquele que se reveste às vezes de branco, às vezes de preto e às vezes de arco-íris. Sou um bicho cruel. Sou um animal manso. Sou a cólera. Sou a palavra meiga. Sou uma dicotomia sem fim, na liberdade que me é permitida gozar. A liberdade não implica, porém, que se desrespeitem os limites dos outros. Tenho pecado aqui, neste limiar do que é aceitável. Assumo isso, mas não me martirizo. Apesar dos meus erros, não carrego muitas culpas e apesar das minhas derrotas, não deixo de acreditar. E acabo por me surpreender com as minhas próprias reações. Seria de esperar que neste meu Outono interior de folhas caídas, estivesse pronta para agarrar em armas e “esventrar” alguém. Mas não é isso que a...

Junho

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Bem vindo mês de junho. Que sejas de renovação e esperança!