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A mostrar mensagens de fevereiro, 2020

I don't care!

Deixei de me importar com o que é supostamente certo, supostamente correto, supostamente adequado. Deixei de me importar com expectativas alheias, opiniões externas e devaneios de terceiros. Deixar de me importar é uma escolha, como foi uma escolha ter-me importado durante tanto tempo. Podemos perder, e perder até é aceitável, mas não nos devemos perder. Perder a noção de quem somos, dos nossos valores e dos nossos sonhos, até nos tornarmos em estranhos para nós mesmos. Sim, deixei de me importar mesmo que as minhas perguntas sejam cruéis e as minhas respostas sejam tortas. Mesmo que não me entendam. Deixei de me importar porque já me importei demasiado.

Mulher

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Celebra a mulher que há em ti! Celebra o lado terrestre e mundano! Celebra o lado celeste e sagrado! Celebra o que em ti é vida! Celebra o que em ti é morte! Celebra o que em ti é amor! Celebra o que em ti é dor! Vive a coragem e a determinação! Vive a face e a fase que surgem, o momento que se avizinha, o instante que germina aos teus pés! Vive os entardeceres e os amanheceres! Vive seja dia ou noite. Vive sobre a terra escaldante ou debaixo de chuva torrencial. Vive os sonhos, os desejos, os planos, a vontade, venham enrolados em certezas ou incertezas! Vive sem medos ou vive com medos, mas vive! Vive a intenção com intenção!

Trilhar o caminho

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Se temos liberdade de escolha, escolhamos ser nós mesmos. Vivamos em harmonia e aceitação de quem somos. Sejamos capazes de reconhecer as nossas qualidades e valor. Trabalhemos os nossos defeitos e limitações de uma forma criativa e criadora. Trilhemos o nosso caminho apesar de todas as dificuldades e receios. Ouvi um dia esta frase que me tem acompanhado desde então: “É o caminho que te trará a maior dor e, por isso mesmo, é o que te trará também a maior cura.” 

Note to Self

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I like being a woman.

One day I will write to you

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One day I will write to you with all my heart.  I will let my shadow out and you will know me and you may hate me. One day, when you're ready to know me and I'm ready to accept the fact that you may hate me then.

Sou dois... Una na minha dualidade

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Mulheres que Correm com Lobos

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Sei que terei de escrever um post sobre este fantástico livro. Tudo a seu tempo! Por enquanto, absorvo as palavras que me chegam na altura certa. Estas, entre muitas outras:

Noite

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Vou… Embalada na dança... Volta, reviravolta... Noite escura que tanto me seduz.. Descalça… Nua... [Na] Solidão que nunca me deixa só. Perco o mundo e ganho-me na descoberta de quem sou. Divagações de uma alma estranha.

Deep[ness]

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Viro-me para dentro… Descasco-me…  ~~~~~~~~Movimento alternado.~~~~~~~~ Oscilação entre o mostrar e o esconder, o descobrir para depois revelar. Mergulho dentro de mim, nas profundezas do meu ser, nado junto aos meus monstros marinhos. Às vezes amigos, outras vezes inimigos. Chego à berma… Afogo-me… Deixo-me afogar e ressuscito a seguir. Não resisto à corrente que me leva para os meus próprios recônditos. Estou em prova. Não há como voltar atrás.

... [Três pontinhos]

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Oh ânsias, preciso de escrever, de gritar, de rasgar a pele neste espaço que ninguém encontra. . . . . . . . . . . . . . ……… deixai-me por dizer tanta coisa.

[Não] Verdade

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Não sei onde está a verdade, se nas minhas palavras, se nas dos outros. Quando acho que me conheço, parece que ninguém me vê. Quando me veem, tenho a sensação de que ninguém me conhece verdadeiramente. Tirei esta foto ontem. Pouco ou nada tem a ver com o assunto, mas gosto da foto, gosto do local. Morei aqui há 10 anos. Caminhar nestas ruas passado tanto tempo soube-me bem. Lembrei-me de quando me colocava à janela do 8º andar a pensar no que era a minha vida naquele momento. Tanta coisa mudou. Mudei tanto.

Excertos de sombras

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Um dia um dos meus melhores amigos disse-me: "Vieste a este mundo para sentir!" Abanei a cabeça em anuência ao mesmo tempo que a minha voz interior me segredava: "Pessoas como nós não sentem. Pessoas como nós andam de armadura na rua e não vertem lágrimas." Sentir é mostrar vulnerabilidade, algo de que tenho fugido a minha vida toda. Consigo estar presente fisicamente e ter deixado parte do meu coração em casa no cofre forte. É a parte que protejo do sentimento, da dor, da desilusão, da decepção. Dou-me às metades, aos bocados, partes que já se partiram, já foram coladas, remendadas. Dar-me por inteiro assusta-me e, a bem da verdade, não sei se sei como fazê-lo. Sou aprendiz nestes assuntos, aluna de pré-primária que, no entanto, já perdeu a ingenuidade de infância. Pessoas como eu não sentem, - diz uma parte de mim. A outra rejeita. Sentem sim. Sentem demais, em excesso, sentem na alma, sentem na pele e é isso que assusta tanto. O excesso que transborda, que enche,...

Quarto escuro

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Fevereiro é um mês tenso para mim. Junho é um mês de encontro. Agosto é um mês de confronto. E o resto do ano de autêntico recolhimento. Cada mês do ano serve no entanto, e apesar das características próprias, para me conhecer e conhecer o meu quarto escuro, aquele quarto de gladiadores mentais. Resolvi escrever sobre isto num esforço de superação porque desejo que qualquer tensão me sirva para resolver questões e não para me bloquear num enredo complexo demais. Sei de onde vem o conflito. Sei quais os gatilhos. Sei o que me desperta para um escorrega de confronto. O convite ideal é mergulhar nesse lodo mas ter todo o cuidado para não me afogar. Também é certo que posso limitar-me a fugir. Já o fiz. Já tentei. Não resultou. O que não resolvemos, persegue-nos. Ok. Não fujo mais. Sou uma pessoa conflituosa. Nem sempre manifesto isto exteriormente. O meu vulcão rebenta por dentro. Aprendi com o tempo a colocar um sorriso amarelo enquanto a lava ia escorrendo pelas minhas ve...

My sweet demon

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Sujeita a atritos raivosos. Nervoso colérico que borbulha dentro de mim. Sempre à espreita. Tão familiar. Já conheço, já o enfrentei. Já bati com a porta e já bati com a cara na porta. O lado violento e negro que assoma à fronteira da minha alma. Reconheço-o, o demónio disfarçado que me incita ao combate, desprovida de argumentos e cega de raiva. Paro então, por momentos. Respiro fundo. “Hoje não! Hoje não me vences. Vou apanhar ar, vou respirar natureza. Vou ser amor logo no dia mais propício ao amor, amor genuíno por mim mesma. Vou sentar-me numa cadeira de café embalada por um cappuccino e um bom livro.” Sigo. Deixo. Abandono. Dou a cara. Recebo o estalo. Está tudo bem. (Imagem da Internet)

Perdão

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Por hoje, escolho perdoar-me pelo que ainda não sei, pelo que não entendo, pelo que ainda repito com a intenção de que o resultado seja diferente e não é. Perdoo-me porque ainda dou passos inseguros, duvido de quem sou, duvido das minhas capacidades e do meu valor. Perdoo-me porque ainda cedo ao medo, à vergonha, à culpa, ao arrependimento. Perdoo-me porque ainda tenho atitudes mesquinhas, de rancor, de raiva, de inveja. Perdoo-me porque sei que ainda posso ser melhor versão do que a versão que consigo ser atualmente. Perdoo-me porque há momentos em que me falta a fé e vitimizo-me, substituindo a ideia de aprendizagem pela ideia de castigo. Perdoo-me porque tento mas há dias em que não consigo, ou não tento o suficiente ou desisto mesmo antes de tentar. Perdoo-me porque falo às vezes ser pensar, reajo por impulso, sou célere nas palavras ásperas e na vista cega. Perdoo-me porque, e apesar de tudo isto, mereço o meu próprio perdão. E tu, já te perdoaste? 

Be Brave!

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Such a long road ahead of me. "Be brave beautiful soul", I hear like an echo from the past!

Porto de Muge

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Sou do Cartaxo. A minha bisavó morava numa terra próxima chamada Porto de Muge. A Ponte Rainha D. Amélia, sobre o rio tejo, liga à outra margem, à freguesia de Muge. Quando eu e a minha irmã eramos pequenas, íamos às vezes ao mercado de Muge. Quatro gerações de mulheres atravessavam a ponte “nova” a pé – a minha bisavó, a minha avó, a minha mãe, eu e a minha irmã. Quando o comboio vinha, assobiando e sacudindo ferozmente, eramos protegidas pelos corpos das matriarcas durante toda a sua passagem. Recordo-me do som, da força do vento. A minha memória recuperou essa lembrança hoje em Vila Franca de Xira enquanto esperava o comboio. Tem sido um trabalho árduo lidar com certos pedaços da minha infância. Sei que nas minhas origens poderei encontrar respostas para algumas das questões mais profundas que trago, mas isso requer um esforço de desconstrução para o qual eu ainda não me tenho sentido emocionalmente preparada. No entanto, e porque nada acontece por acaso, os últimos tempos têm...

Moon

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Perdi-me mas vou encontrar-me!

Mulher

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Cheguei àquela fase da vida em que só quero ser eu mesma, misto de diamante e lama, foco de luz e de trevas. Vivo o momento do nada esperar e nesse nada esperar reconheço que sou mulher, sou merecedora e sou capaz.

Homesick

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Não entendo. Não [me] entendo. Às vezes sinto como se vivesse entre salas que estão sempre às escuras, ou caminhasse em ruelas sempre embrenhadas em nevoeiro ou jardins que recebem uma luz tão forte do sol que me ofuscam. O problema não é o espaço, mas a forma como mergulho nele, sempre duvidosa, receosa, ignorante. Corro então para o meu abrigo. Fecho a porta, a chave roda na fechadura, uma, duas, três vezes, … Quando finalmente me sinto resguardada do mundo lá fora, o meu coração acalma e eu respiro fundo. Sobrevivi mais um dia! O meu coração aguentou. A minha mente aguentou. O meu corpo aguentou. A minha alma aguentou. Sei então que não pertenço aqui. Não pertenço a este caos do mundo moderno que me suga a energia e a fé. Pertenço à floresta, aos caminhos de terra batida, aos riachos, ao vento sussurrante e às estrelas.

2020 Motto

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Sol

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Escondo-me aqui, onde ninguém me vê, ninguém me reconhece. Zero expectativas. Apenas desejo o sol quente deste início de fevereiro. Largo o resto, sem lágrimas. O coração sussurra-me: “tu já sabias!”. Sim, eu já sabia. Já conhecia a verdade, aquela verdade que me chegava em sonhos, em intuições, em lampejos. Verdades incómodas, mas que são autênticos faróis para quem pretende desbravar caminho. Quero caminhar. Preciso de caminhar. Caminhar, caminhar, caminhar, … relembrar as sensações dos meus percursos incógnitos e solitários.