Porque sim


Hoje dou por mim a defender com mais intensidade o “ir” em vez do “ficar”, o “não” em vez do “sim”, a crítica em vez do elogio.

Apercebo-me de que não vejo mais do que os outros, não oiço mais do que os outros, não estou mais atenta nem mais desperta… Como em tudo na vida, há apenas aquilo que eu escolho rejeitar, há aquilo que eu escolho aceitar, há aquilo que eu escolho ignorar, há o que eu deixo passar ou até aquilo que finjo não perceber.

São escolhas, apenas, que dependem em grande medida de quem eu sou naquela altura… E como eu, todos nós somos assim.

Há aquilo que serve e aquilo que não serve. Há aquilo que nos serve e aquilo que não nos serve.

A parte curiosa desta aventura a que se chama vida, é que ainda que possa admitir que talvez não seja um ser humano melhor do que era há 10 anos, pesam-me muito menos os meus lapsos, indiscrições ou erros.

E percebo a mudança no simples facto de cada vez me justificar menos. E quando não há justificações, o “porque sim” parece ser uma boa resposta.


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