Relacionamentos

Sou imensamente grata a todas as pessoas que se cruzam no meu caminho.

Ao falar com velhos e novos amigos percebo que todos nós queremos o mesmo. Expressamo-nos apenas de forma diferente e focamo-nos mais numa área ou noutra em função do que tem de ser mais trabalhado.

Todos nós temos desafios para superar, barreiras que por vezes parecem intransponíveis. São esses os nossos dragões. Mas por que não ver o dragão como um mestre em vez de um carrasco?

Tenho tentado fazer isso e noto uma diferença enorme na forma como me relaciono comigo mesma e com os outros.
Ainda hoje comentava que grande parte dos nossos relacionamentos dizem mais sobre quem somos e o que precisamos de trabalhar do que o que pensamos. Não é o “dar e receber”, não são as obrigações ou expectativas, os abraços, beijos ou palmadinhas nas costas, nem as saídas ao cinema ou um “enroscanço” no sofá. É sim relembrar-nos de tudo o que somos em potência, mas que nos esquecemos. É redescobrir a nossa capacidade em amar, em perdoar, em aceitar os outros como são e até libertá-los quando escolhem que não faz mais sentido estarem ao nosso lado.


E sim, também há dor, também nos desiludimos e somos traídos e enganados. Mas, se pensarmos bem, a traição se calhar começou em nós mesmos por não termos desde logo sido honestos em relação ao que queríamos, ou por não nos termos imposto ou porque deixámos que situações disfuncionais durassem demasiado tempo ou, o que quer que seja … há n exemplos.

Tanto do que às vezes exigimos aos outros somos nós mesmos incapazes de dar ou de ser… E esperamos que tapem os buracos que trazemos na alma quando isso é responsabilidade nossa. Não fomos nós que os criamos? Não somos nós que andamos constantemente a pôr o dedo na ferida?

É engraçado como ninguém gosta de ser pau mandado, mas gostamos de mandar. E o que parece ser um simples pedido é muitas vezes uma exigência. O amor, seja ele do género que for, não vive de exigências. O amor não é uma prisão. E nem o ser humano que nasceu para ser livre poderá acalentar algo que seja tão contrário à sua essência.



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