Palavras
Procuro a minha voz, a
minha expressão no meio das frases a que vou dando vida.
Quanto era miúda gostava
de escrever sem pensar muito no que escrevia. Acreditava que a beleza estaria
no fluir e, logo, não podia estar dependente de remoinhos mentais.
Ao longo dos anos tenho
procurado redefinir-me nesse encontro com as palavras, mas ainda sem certezas
de onde me sentirei eu mesma.
Há arte da escrita, mas
sei que não o domino. Isso não me atormenta, porém.
As catarses são
necessárias para irem limpando a alma e grande é o conforto que encontro sempre
que entro neste mundo de letras e, por instantes, deixo o caos da realidade.
Faço-o hoje. Faço-o uma
vez mais na esperança de que a minha mente não quebre nem ceda à incerteza e
moldo assim os alicerces que sustentam o meu discernimento.
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