Não!

Não me importo! Não me magoam as palavras amargas! Não presto já atenção aos actos irreflectidos! Não analiso em demasia a impulsividade alheia. Ignoro a indiferença. Não faz dano nada disso! Os únicos e verdadeiros conflitos existem dentro de nós. São esses os verdadeiros monstros . Quando abano a cabeça, quando fecho os olhos, são esses que eu oiço dentro de mim, e são esses que eu insisto em enfrentar, para não fugir. Que interessa o que se passa em redor? Que interessa a nossa invisibilidade no meio da multidão? Quanto do desespero e da tristeza parte de nós e a nós regressa sem ter qualquer intervenção de terceiros? E que importa tudo isso? Os dias continuam, e sucedem-se às noites ininterruptamente. Tantos morrem para dar lugar a tantos outros que nascem. Tantos sorriem indiferentes aos que choram. Tantos choram sem saber que poderiam sorrir. Muitos agarram-se a verdades que não o são. Tantos pregam a sua opinião como verdade. Tantos se escondem entre as quatr...