Amor próprio
Ontem fui invadida por uma onda gigante de amor próprio.
Eu sempre consegui entender racionalmente que devemos gostar de nós mesmos. Muitas vezes pensei que já tinha chegado a esse estado de amor por mim mesma. Mas juro que até ontem ainda não tinha sentido algo tão forte.
Já tinha feito as pazes com a minha menina pequenina há muito tempo. Mas ontem abracei muitas outras versões minhas. Abracei aquelas que se queixavam do cabelo que tinham, de usar óculos, de serem gordas, de serem feias, de não serem amadas, e em conjunto com todas elas entendemos que todas essas ideias que nos acompanharam durante tanto tempo não são reais.
Ia escrever que "Deus não requer de nós a perfeição", mas não sei se isso será inteiramente verdade. O que me parece certo é que independentemente das características que tenhamos, merecemos ser amados e aceites.
Senti-me então a desligar do passado e a retirar pessoas de pedestais onde em tempos as coloquei. Fi-lo em paz. Aprendi tanto com essas pessoas. Quero acreditar que hoje se inicia o processo em que a gratidão poderá substituir a mágoa.
À noite fui visitada por esse passado, e quando acordei sorri, mas tentei não lhe dar demasiada importância.
Há que caminhar e seguir em frente.
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