A verdade desconfortável

O caminho é solitário e por vezes gostaria que não fosse. Aprendi a ouvir a voz do silêncio mas ainda não consigo ouvir a voz dos homens. Há dias em que lamento isso. Recolhi-me tanto na minha concha, que o exterior tem contornos que me chegam a aterrorizar. Tenho medo de ter tocado num extremo e não conseguir voltar a centrar-me.

Ontem foi difícil. Por ninharias que seriam ignoradas por todos. Apelo à razão e bom senso mas, por vezes, falham ambas.
A Bessa questionava-me ontem se desde esta minha busca por Deus, não me sentia mais desafiada. Sim, sinto. É uma verdade desconfortável. Percebo porque há quem desista. Percebo porque há quem prefira aquela espiritualidade moderna. Mas não há como voltar atrás. Não dá para florear o que é feito de espinhos. Não dá para escolher o caminho mais fácil só porque ele é mais fácil. O facilitismo não pode ser um critério.
Mas custa...



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