Temperança
Ao longo dos últimos três anos tenho voltado ao mesmo "ponto crítico" várias vezes. Mais vezes até do que gostaria. Mas sei que, ainda que volte, há uma mudança gradual na minha forma de sentir e vivenciar a dor. A possibilidade de transmutação dá-me esperança, traz-me a fé de que, um dia, eu olhe para aquele quadro e não sinta mais do que gratidão, e que o coração curado possa, por fim, se despedir.
O fosso vai sendo ampliado. Cada vez é maior a distância entre o que foi e o que é e a Lídia que é também se começa a parecer diferente da Lídia que foi.
Ainda bem que assim o é.
Ainda bem que a vida nos permite tomar novos rumos depois de termos tido de chafurdar na lama.
Ainda bem que depois da tempestade vem a bonança.
E ainda bem que reconheço essa bonança em coisas tão simples e corriqueiras.
(Foto tirada da net pode ter direitos de autor)
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