Testes da vida
A vida testa-nos para verificar a força dos nossos argumentos e convicções.
Estou a terminar a leitura do Caibalion, amparada pelos ensinamentos da Prof.ª Lúcia Helena. Observo o meu pêndulo interno e percebo que, após um 2018 e 2019 de fortes oscilações, ele tem vindo a equilibrar-se. Independentemente de como sejam os meus dias, sinto em mim uma estrutura mais consistente do que alguma vez senti.
Ainda assim vou encontrando circunstâncias de vida que testam os meus limites e capacidade de encaixe. Tenho algum controlo sobre aquela menina impulsiva que encontrei em mim durantes anos a fio. Mas sinto. Ainda sinto a frustração e irritabilidade.
Felizmente, as horas de almoço já não são acompanhadas por um frio extremo. Está sol. O sol convida-me a sair para fora destas quatro paredes, a ver o mundo lá fora.
Olho para mim, analiso as minhas ações e comportamentos. Sempre ouvi dizer que os outros tratam-nos de acordo com a forma como nos tratamos a nós mesmos. Nas diversas vertentes da minha existência tenho podido verificar a veracidade de tal frase. E tudo me encaminha para a consciência de algo: devo ser quem sou e não quem EU ACHO que os outros esperam que eu seja. Frequentemente, quanto mais tento agradar, menos gosto de mim. Primeiro porque reconheço essa necessidade em ser agradável para receber uma contrapartida chamada de "aceitação". Depois, sinto que se não houvesse essa premência, se eu fosse apenas EU, não estaria disposta a encarnar grande parte dos papéis que fui aceitando desempenhar neste palco da vida.
...
Passam algumas horas. A poeira assenta. De pouco ou nada vale deixar que o chicote mental controle a minha vida. Respiro fundo. Está sol. Relembro-me de que está sol. Mais do que isso, está um dia lindo.
Respiro fundo, novamente. Retomo o caminho. Eu, juntamente com o que já aprendi e ainda mais com aquilo que requer ainda muita aprendizagem.
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