Tempo
O 712 leva-me por caminhos da minha memória que contrastam com as atuais ruas despovoadas.
O mundo tornou-se num lugar estranho - e até medonho! - feito de opostos que sempre existiram mas que agora sobressaem.
A violência verbal é gratuita, fruto das tensões que habitam o profundo do nosso ser. Protege-se o corpo, mas pouco se protege a mente e o coração. Ironia das ironias!
Sempre defendi que devemos encontrar a nossa verdade e viver de acordo com ela. Mas a nossa verdade não é uma verdade universal. Nunca o é. Há mais dúvidas do que certezas. Há demasiados "SE" para nos agarrarmos a um extremo da discussão. E quem toca o extremo perde o centro.
Um dos meus professores de Faculdade costumava dizer que é no meio (centro) que se encontra a virtude. Na verdade, o centro é um ponto de equilíbrio que, em tempo de pandemia, nos permite trabalhar algo importante: a empatia e o respeito pelo próximo.
Talvez seja este o grande desafio que o universo nos lançou e que nos permitirá, enquanto agente coletivo, restaurar a nossa própria humanidade.
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