De regresso à casa interior!

Quando é para parar é para parar! Apesar de vivermos em estado de confinamento ou semi-confinamento há quase um ano, só agora sinto verdadeiramente como a vida me puxa para dentro.

De repente, o mundo dos homens é um local desconhecido. Busco proteção nas árvores, nos rios, nas folhas que esvoaçam nos céus, na chuva de inverno, na luz das estrelas, no brilho da lua cheia. Busco proteção em mim mesma enquanto me aninho nos meus próprios braços e recorro à minha mente para manter a sanidade.

O trânsito de Saturno é, a cada dia, mais forte. Até podia dizer que não me prendo a trânsitos astrológicos. De certa forma assim o é. Mas a energia do ciclo é demasiado forte para o negar e, verdade seja dita, não sou céptica.

De manhã, enquanto limpava e organizava a minha casa - uma casa exterior organizada reflete-se na nossa organização interior! - fui levada para a Serra de Sintra. Revisitei percursos de outrora, alguns perdidos no fundo da minha memória. "Caminhei" em silêncio, descalça, pelos caminhos perdidos e chorei ao relembrar-me de algo que há muito estava perdido no fundo da minha alma. 

É verdade quando dizem que a felicidade não está no que temos, mas no que somos. A lágrima pela recordação é uma lágrima alegre, uma lágrima de quem se acha, de quem se encontra depois de tantos anos perdida.

A minha energia de água torna-se mais forte a cada momento, porque é aceite e não rejeitada.

Às vezes acontece. Um dia acordarmos e percebermos que não vale a pena fugirmos de quem somos porque a nossa felicidade só pode ser encontrada nessa verdade.

Vivermos de acordo com quem somos realmente, é viver em verdade, com honestidade, integrando polaridades, respeitando ciclos de vida, aceitando os avanços e recuos com ínfima gratidão.






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