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A mostrar mensagens de julho, 2020

Aniversário

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Hoje é o meu dia de anos. A sensação é semelhante à do réveillon.  "Este ano é que vai ser...!"  "Agora é que é...!" Ou não. Ao longo do tempo tenho optado por desejos mais singelos. Por fim chego ao dia de hoje com poucos desejos e desprovida de planos. Está bom como está. Não porque é perfeito ou imperfeito, porque é certo ou errado, mas porque é como é. ... Uma vida livre de pretensões megalómanas... de pressões, de obsessões... do esperar por qualquer coisa como se só essa "coisa", seja ela o que for, me pudesse trazer a felicidade. O momento certo é o de hoje. A conquista é a de agora. A felicidade é neste momento.
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"The hardest asana is to let go." (unknown)

Silêncio escuro

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Escondo-me no escuro, no interior de pétalas caídas. Silencio as palavras. Afasto as vozes. Não há nada que valha a pena ser dito nem ninguém para ouvir. Os ouvidos estão surdos às verdades de que a alma se esqueceu. Os olhos não querem ver. Um grito é abafado: "Deixa-me ir em silêncio… como eu gosto. Deixa-me ir em solidão… como eu gosto. Deixa-me ir…"

Santa Apolónia

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Uma das primeiras fotos que tirei e publiquei no Instagram foi aqui, nesta estação, há 6 anos. (Esta é de ontem). 2014 foi um ano de profunda transformação e , por isso mesmo, foi fortemente abordado nos meus posts ao longo dos anos que se sucederam. Desde essa altura, muita coisa mudou na minha vida e eu mudei com ela. Ou fui eu que mudei e a minha vida acabou por se ajustar às transformações. 2020 tem sido marcado por ausências e finais de ciclo. Quando vejo quem sou hoje e quem era há 6 anos, percebo que seja difícil corresponder às expectativas de quem me conheceu naquela altura, porque grande parte do que fui já não reside na pessoa que sou. Mudei sim e não o lamento. N ão lamento em quem me tornei. Não lamento o que tenho e o que não tenho. Não lamento o que disse ou não disse, o que fiz ou não fiz. Não lamento o que foi embora e o que resta.  Não há escolhas certas nem erradas. Não há verdades absolutas. E talvez os aparentes desvios sejam sim as estradas principais de que ...

Regresso

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Depois de uma semana em formação e em introspeção, regresso a Lisboa. Percorrer as ruas da capital no 713 alegra-me o coração. :) Revejo as fachadas antigas e os olhares à janela. Vejo-me de uma outra forma. Nem sempre sou aquela que olha para dentro. Ocasionalmente também sou a que olha para fora, e o que observo é para mim alimento. Nunca me cansarei de dizer e de repetir que a beleza e felicidade se encontram nestas coisas simples da vida.

Simples

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Se a vida te pedir para parares, pára. Se te pedir para ouvires, ouve. Se te pedir para veres, vê. Se te pedir para acreditares, acredita. E se te disser que tudo vem a seu tempo, não duvides. Não compliques algo que tem tudo para ser simples. Pôr do Sol em Vila Franca de Xira

Mulher

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Estou em mergulho consciente, tão bom como planar. Resgato-me a mim, cada parte de mim, cada mulher que houve em mim, cada mulher que há em mim e abro espaço para cada mulher que haverá em mim. A mulher parte-se para dar nova forma aos seus pedaços, para encaixá-los de outro modo, e volta a ser UNA quando antes foi tantas e volta a ser UNA antes de voltar a ser tantas. (Imagem retirada da net, pode ter direitos de autor)

Feiticeira

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Talvez muitas de vós [e perdoem-me por me dirigir mais às mulheres] saibam o que é chegar à cama, deitar, o sono teima em não vir, e sentir um nó na garganta e um peso no coração por tudo aquilo que não foi dito, afirmado, manifestado, tirado do peito e posto cá para fora. Creio que seja a negação da nossa própria verdade, da nossa vontade, da nossa voz e do constante desvalorizar de situações de mágoa só para evitar o conflito, os principais responsáveis por grande parte dos bloqueios emocionais. Há um velho provérbio que diz: "Quem cala consente!". Entendo-o mais do que nunca. Por tudo o que não é dito, vamos ficando com o que já não nos serve. O meu desregulamento hormonal deixa-me inquieta e por norma é o período do mês que me traz um maior foco sobre estas questões. O desconforto emocional pode ser enorme, gigantesco, mas em nenhum outro momento consigo perceber com tanta clareza o que quero ou não quero para mim. Ensinaram-me que este é o momento da feiticeira. Não da d...

Mood

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.... [Mulher cíclica]

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Perdi o hábito de chorar sem motivo. Mas hoje apetece-me. Anseio regressar a casa, recolher-me e desmanchar-me, decompor-me aos pedaços, sentir o frio do chão em contacto com a pele e permanecer inerte o tempo que for preciso. Depois disso, recolho os meus cacos, deixo-me envolver no meu próprio abraço e puxo-me para cima. Imagem retirada da net

Rabiscos

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...

Perdoar está a ser um grande desafio. Perdoar[-me]! Ontem uma das minhas companheiras de Tenda dizia-me o seguinte: saberás que curaste a ferida provocada por uma situação e/ou pessoa, quando te lembrares dessa situação e/ou pessoa e conseguires sorrir. Pois bem, ainda não o consigo. Ainda ranjo os dentes, ainda me enfureço, ainda me passam palavras ásperas pela boca, ainda sinto o desconforto no coração. Não está nada curado. De momento, apenas tenho a consciência de que ainda não está nada curado. Ainda assim tento avançar, eu mais a minha ferida, a minha dor, a minha raiva e até a minha tristeza, às vezes de mãos dadas, outras vezes surgindo cada uma a seu tempo. E são tantas as vezes que recorro à minha armadura que chego a convencer-me que nada disto me importa.

Vamos falar de amor

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O amor começa dentro de nós, não fora de nós. Esta é a verdade mais libertadora e a mais assustadora. É a que nos faz depender menos da aprovação alheia, mas a que nos obriga a olhar para dentro. Encontrar uma fonte de amor interna destrói as barreiras que passamos anos a construir. Mas sem a barreira ficamos expostos. Ficar exposto é mostrar o que em nós nos causa orgulho mas também o que nos causa embaraço. É preciso aprender a olhar com outros olhos para as nossas particularidades e aceitar as decisões que compõem o nosso passado, tenham sido as melhores ou não.  Não vejam este "é preciso" como uma exigência. Na prática não temos que ser nada a não ser aquilo que já somos. Se somos amor, viver esse amor dentro de nós, com tudo o que acarreta, é viver de acordo com a nossa essência.  P. S. Foto tirada hoje no jardim da Estrela enquanto os meus olhos tentavam captar os raios de luz por entre os ramos. São momentos como este que me fazem pensar nestas coisas. 

Lisboa

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O tempo passa e o meu amor por esta cidade não acaba. Não me farto destas ruas estejam elas envoltas em murmúrios ou silêncio. Enquanto caminho, encontro algo que, à falta de melhor nome, escolho chamar de serenidade. Vou sozinha, mas não me sinto só. Lisboa recebe-me nos seus braços a cada instante que me passeio nela.

Menstruação

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Acho que nunca escrevi sobre este tema: menstruação. Até há bem pouco tempo, menstruar era para mim um carma das mulheres. Vinha-me sempre à memória a piada de que Deus resolveu castigar Eva por ter levado Adão a desobedecer. Perante o seu suplício, Deus decidiu que Eva, e todas as mulheres depois de Eva, deveriam pagar mensalmente com o seu sangue. É só uma piada certo?!!! O tema da menstruação nunca foi explorado e muito raramente abordado durante o meu crescimento. Quando era adolescente, a minha avó fez-me uma vez um chá de cebola que supostamente ajudava a aliviar as cólicas. Não me recordo se funcionou. Aquela “porra” - que na altura não merecia ser chamada de outra coisa - doía. Uns dias antes, a “cabra” que há em mim gostava de aparecer e saudar o mundo. Depois disso, sentia uma fome enorme por tudo o que eram porcarias calóricas, mas maravilhosamente deliciosas. Depois passava. Voltava ao normal, ao que supostamente era o meu normal. Os meus extremos atingiam um nível de “...

Medida certa

Já abordei este tema diversas vezes – a medida certa. Qual a medida certa da impulsividade, da honestidade, da frontalidade, da sinceridade? Já fui aquela pessoa que se calava para impedir o conflito, ou para evitar sentir que estava a cobrar algo a alguém. Mas também já fui o inverso. Já me achei no direito de expressar a minha verdade doesse a quem doesse. Não quero conflitos. Não quero cobranças. Não quero impor a minha verdade aos outros. Mas calar a voz, omitir que certas atitudes nos magoam, desculpabilizar constantemente algo com o qual não concordamos, também não é a solução. Ainda não sei bem como é que isso se faz. Lembro-me da imagem que alguém me transmitiu um dia, a de uma aparelhagem de som. O volume deve ser adequado ao momento. À tarde é aceitável ouvir algo a bom som. À noite, horas dedicadas ao sono e descanso, os vizinhos podem não achar muita piada. Cabe-nos a nós perceber ou trabalhar sobre esse entendimento quando o entendimento ainda não é claro. Subo o...

Para! Ouve! Sente!

Para! Ouve! Sente! Não penses demasiado. Não racionalizes. Não te prendas a teorias. Não queiras dar um nome. Não coloques em caixinhas. Ouve apenas o barulho do vento, a sua respiração, o seu suspiro, o seu lamento e o seu toque nos ramos das árvores que as fazem sussurrar-nos segredos.   Há coisas que não se captam com a mente, mas tão somente com o coração.