Quem és tu?
Recebeu novamente a visita dele, dessa força destrutiva e redentora. Sentia tudo como uma dose de adrenalina misturada com veneno injetada nas veias. Não havia cancelas para impedir, nem limites que o fizessem fraquejar.
Avançou como um furacão que leva tudo à frente sem medir as consequências. Não pensava. Não cessava. Tudo fluía de forma violenta e agressiva.
Ela sentou-se a assistir de camarote, sem nada dizer, sem sequer pestanejar. Ele suscitava-lhe curiosidade, mais do que medo.
Viu-o irromper por debaixo da pele rasgando pedaços de sonhos. Viu-o dilacerar lembranças e recordações. Viu-o a abrir e a fechar as mãos como se estimulasse articulações que nunca antes foram usadas. Ouviu-o vomitar palavras sem nexo em catapulta como se, na rapidez com o que o fazia, fosse impossível ordená-las corretamente. Oscilava entre momentos de loucura e lucidez, ria desenfreadamente até lhe virem aos olhos lágrimas de dor.
Quando por fim ela se levantou olhou-o nos olhos: o castanho dos olhos de um fundiu-se com o preto dos olhos do outro.
- Quem és tu?, perguntou-lhe.
- Sou tu mesma.
Avançou como um furacão que leva tudo à frente sem medir as consequências. Não pensava. Não cessava. Tudo fluía de forma violenta e agressiva.
Ela sentou-se a assistir de camarote, sem nada dizer, sem sequer pestanejar. Ele suscitava-lhe curiosidade, mais do que medo.
Viu-o irromper por debaixo da pele rasgando pedaços de sonhos. Viu-o dilacerar lembranças e recordações. Viu-o a abrir e a fechar as mãos como se estimulasse articulações que nunca antes foram usadas. Ouviu-o vomitar palavras sem nexo em catapulta como se, na rapidez com o que o fazia, fosse impossível ordená-las corretamente. Oscilava entre momentos de loucura e lucidez, ria desenfreadamente até lhe virem aos olhos lágrimas de dor.
Quando por fim ela se levantou olhou-o nos olhos: o castanho dos olhos de um fundiu-se com o preto dos olhos do outro.
- Quem és tu?, perguntou-lhe.
- Sou tu mesma.
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