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Ela olhou-me nos olhos e disse: “Não te queixes. As coisas só vêm até nós quando estamos preparados para as receber.” Soou a sentença como se estivesse num Tribunal. Cessara a fase da argumentação. Não se negoceiam os termos nos quais vimos viver. É assim. Aceita!
Segue uma lista de trabalhos hercúleos (pelo menos o são para mim) que das duas uma: ou os realizo como parte da transformação, ou como parte da penitência.
Aceitar é algo que tenho dificuldade em fazer. Seja pelo excesso de medo ou pelo excesso de orgulho.
ESCOLHO TRANSFORMAR-ME, meio contrariada. Rabugenta….
Amaldiçoo-o meio mundo.
Parto a loiça.
Grito!
Choro!
Por fim,… cedo.
Associo este momento à carta 13 do Tarot. De longe, a minha carta favorita: O Arcano Sem Nome.
É a “morte” que vai chegando. Mas não a morte física. Não necessariamente a morte física, mas sim a morte das ideias erradas, das crenças erróneas, da ilusão, do modo de vida desajustado. Morte do que não serve, do que está a mais. Morte do que impede a evolução. Desfazer do velho para dar espaço ao novo. É a transformação necessária à existência. É o que nos impede de estagnar, de vegetar.
Não é diferente do que fazemos diariamente. Faz-me lembrar uma frase que li há pouco tempo: “Morro todas as noites só para ver o sol nascer novamente.”
A diferença estará mais na intensidade. Às vezes basta um curso anual de fim de semana. Mas há sempre um momento em que a vida obriga a um intensivo, sem pausas.
Sim, as coisas só vêm até nós quando estamos preparados para as receber.




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