13
Ela olhou-me nos olhos e
disse: “Não te queixes. As coisas só vêm até nós quando estamos preparados para
as receber.” Soou a sentença como se estivesse num Tribunal. Cessara a fase da
argumentação. Não se negoceiam os termos nos quais vimos viver. É assim. Aceita!
Segue uma lista de
trabalhos hercúleos (pelo menos o são para mim) que das duas uma: ou os realizo
como parte da transformação, ou como parte da penitência.
Aceitar é algo que tenho
dificuldade em fazer. Seja pelo excesso de medo ou pelo excesso de orgulho.
ESCOLHO TRANSFORMAR-ME, meio
contrariada. Rabugenta….
Amaldiçoo-o meio mundo.
Parto a loiça.
Grito!
Choro!
Por fim,… cedo.
Amaldiçoo-o meio mundo.
Parto a loiça.
Grito!
Choro!
Por fim,… cedo.
Associo este momento à carta
13 do Tarot. De longe, a minha carta favorita: O Arcano Sem Nome.
É a “morte” que vai
chegando. Mas não a morte física. Não necessariamente a morte física, mas sim a
morte das ideias erradas, das crenças erróneas, da ilusão, do modo de vida
desajustado. Morte do que não serve, do que está a mais. Morte do que impede a
evolução. Desfazer do velho para dar espaço ao novo. É a transformação
necessária à existência. É o que nos impede de estagnar, de vegetar.
Não é diferente do que
fazemos diariamente. Faz-me lembrar uma frase que li há pouco tempo: “Morro
todas as noites só para ver o sol nascer novamente.”
A diferença estará mais
na intensidade. Às vezes basta um curso anual de fim de semana. Mas há sempre
um momento em que a vida obriga a um intensivo, sem pausas.
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