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A mostrar mensagens de maio, 2018

Imensidão

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Nós somos tudo, somos o espaço, somos uma imensidão que não conhece limites. Desconhecia. Se somos essa imensidão porque crescemos a achar que nos falta sempre alguma coisa?

[Quote] Self-love

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“If you have the ability to love, love yourself first.” ( Charles Bukowski )  

Momento

Tenho pensado imenso na minha vida, nas escolhas que fiz e onde elas me trouxeram. O pensar na vida não é inédito, não é raro, mas as conclusões a que chego são diferentes. As fases de mudança são importantes. Têm a sua dose de dor, mas nada como a dor para nos fazer acordar. Há 4 anos passei por uma dessas fases. Bati no fundo, bem lá no fundo. Em pleno verão, fugia da luz do sol e escondia-me no meu quarto com as janelas bem fechadas. Quando a tempestade passou descobri, para meu grande espanto, que já não era a mesma. Mudamos todos os dias um pouco, mas aquelas verdadeiras transformações só acontecem de vez em quando. Trazem-nos consciência e oportunidades para mudarmos. Mas mudarmos em quê? Mudarmos o quê? Demorei os 4 anos seguintes a tentar entender e hoje parece-me mais claro. Nós não mudamos por mudar, mudamos para nos tornarmos naquilo que somos efetivamente e não o que aparentamos ser. Se é para nos tornarmos no que somos, nem há mudança mas reconhecimento do que j...

Diálogo #1

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“Passas tanto tempo a tentar fugir da dor que, quando ela te apanha é muito maior do que teria de ser se a tivesses vivido logo da primeira vez.” – Disse eu a mim mesma. Para variar, fiz orelhas moucas.

Certezas

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A mente balança entre o certo e o errado, sendo que, nem sempre é certo o que parece certo nem errado o que se assume como errado.   A única certeza é de que não há certezas. Se não há de que adianta procurá-las? É curioso como passamos tanto tempo das nossas vidas à procura do que nunca existiu.

Passeio

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Aproveitei hoje a hora de almoço para passear. Caminhei, observei, pensei, sentei-me a meditar. Quando regressei sentia-me em paz. Há sempre uma intenção em tudo o que faço, em tudo o que digo, em tudo o que escrevo. Às vezes gostava que não houvessem intenções porque a intenção precede a necessidade de algo. *   Dói querer sempre algo, procurar sempre algo, desejar sempre algo. É esgotante viver presa a expectativas e idealizações. E, a dada altura, os sonhos não conduzem ao futuro mas são as amarras do passado. * Percebo, nestes passeios que faço, como tudo poderia ser mais simples e mais leve. Percebo como, por vezes, carregamos fardos que não somos obrigados a carregar ou carregamo-los para além do tempo exigido. Percebo como, na ânsia de termos o tudo, nos sentimos perdidos quando recebemos o nada. Mas que é o nada senão uma parte do tudo? Cheguei a uma fase da vida em que não lamento o que não tenho. Só lamento o facto de ainda querer ter e, nessa busca por al...

A mente e os pensamentos

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A minha mente é frenética, como todas as mentes. Comecei a reparar na velocidade com que os pensamentos vão e vêm, vários pensamentos, diversos pensamentos acerca de tudo e de nada. Não há domínio, mas explicaram-me que não temos de dominar os pensamentos. Nem o conseguiríamos fazer. O que temos de trabalhar é a nossa não identificação com eles.  Se prestarmos a devida atenção verificamos que o pensamento provoca sempre uma sensação. Se for algo bom, como a imagem de alguém de quem gostamos, o nosso corpo reage de uma forma. Pelo contrário, se vier à nossa mente a lembrança de alguém que nos desagrada ou de uma situação que nos tenha provocado ou ainda provoque desconforto, sentimos o germinar da cólera, raiva ou medo dentro de nós. Acho que é assim com toda a gente, mas como não posso falar por todos, admito que pelo menos é assim comigo. Presentemente, reconheço que tenho mais pensamentos de desconforto do que pensamentos agradáveis. Logo as sensações geradas são mais de de...

De dentro para fora

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Reconheço, mas como posso mudar? Como deixar de ser o que sempre fui e me tornar em algo que ainda não conheço? Sou impaciente. Tenho sede. Tenho fome.  Essa é a minha fraqueza e pode ser a minha maior libertação quando a fraqueza deixar de o ser. Acredito, mas não vejo. Logo, não acredito pelo que vejo, mas pelo que sinto. O lho para dentro e renasço a conta gotas. Cada gota faz o esforço e cada gota cede antes de tentar uma vez mais. Mas a gota não lamenta o facto de ser apenas uma gota. Está bem. O Caminho faz-se assim.

...

Tenho procurado refúgio debaixo daqueles ramos de árvore. Mas não o faço tantas vezes como seria suposto. Aquele momento em que me sento e tento não pensar em nada é de estranheza. Já não sei quem sou. E quem não sabe quem é, não sabe para onde vai. Sou levada pelo vento a contragosto. Dizem-me para confiar na vida.   Mas como posso fazê-lo se nunca aprendi a confiar?

Note #1

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Tempo que não pára

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E o tempo esgota-se pouco a pouco. Estamos em contagem decrescente desde o dia em que nascemos. Um dia partiremos sem nada, despidos de tudo a que em tempos nos agarramos com unhas e dentes. Sei disto, mas esqueço-me tantas vezes.

Nature

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Same tree... two weeks apart. Nature is beautiful either way.

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Sou o que mostro. Sou o que escondo. Sou o que dou. Sou o que espero. Sou o que digo. Sou o que omito. Sou o que aceito. Sou o que rejeito. Sou o que entendo. Sou o que me escapa à compreensão. Sou tanta coisa ao mesmo tempo que não sei quem sou.

Campo de batalha

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Tenho escrito sobre a repetição dos padrões de comportamento. Nem sempre é claro na nossa mente que estamos a repetir uma ação ou reação. Às vezes, nem tem a ver com a forma como fazemos as coisas mas sim como as sentimos. Este nível é mais subtil e talvez por isso não tão óbvio. Ultimamente tenho-me sentido como um barril cheio de pólvora. Chego a desejar que o barril rebente independentemente de quem seja atingido com isso. Este rodopio de emoções dentro do peito parece um autêntico campo de batalha do qual faço parte e sou espectadora. Há momentos em que consigo ser uma pessoa verdadeiramente horrível, entre o que penso e o que sinto, ainda que saia para fora muito pouco de tudo o que vem cá dentro. Não quero ser assim. A verdade é esta, não quero ser assim. Por um lado, a raiva e frustração são como venenos que injetamos a nós mesmos e nos tolda o discernimento. Por outro lado, ninguém consegue ser feliz deste modo. Optei, por isso, por trabalhar a emoção que está a fazer ...