Aproveitei hoje a hora de almoço para passear. Caminhei, observei, pensei, sentei-me a meditar. Quando regressei sentia-me em paz. Há sempre uma intenção em tudo o que faço, em tudo o que digo, em tudo o que escrevo. Às vezes gostava que não houvessem intenções porque a intenção precede a necessidade de algo. * Dói querer sempre algo, procurar sempre algo, desejar sempre algo. É esgotante viver presa a expectativas e idealizações. E, a dada altura, os sonhos não conduzem ao futuro mas são as amarras do passado. * Percebo, nestes passeios que faço, como tudo poderia ser mais simples e mais leve. Percebo como, por vezes, carregamos fardos que não somos obrigados a carregar ou carregamo-los para além do tempo exigido. Percebo como, na ânsia de termos o tudo, nos sentimos perdidos quando recebemos o nada. Mas que é o nada senão uma parte do tudo? Cheguei a uma fase da vida em que não lamento o que não tenho. Só lamento o facto de ainda querer ter e, nessa busca por al...