Yoga Yoga Yoga



O Yoga foi amor à primeira prática e tem vindo a tornar-se no meu mais fiel companheiro.

Não busco no yoga a satisfação ou paz de espírito momentânea pelo simples pisar do tapete. Não pretendo resguardar-me da dor e da ansiedade enquanto pratico. Não pretendo que o Yoga seja um escape.

A teoria muitas vezes relembra-nos que a atitude de um yogi começa na forma como se relaciona com os outros e consigo mesmo. Mas não há teoria que nos prepare para isso porque a aprendizagem nasce do trabalho interior, aquele trabalho que às vezes abala as nossas estruturas e mexe com as nossas emoções, nos faz enfrentar os nossos maiores medos e receios e nos leva a resistir quando se calhar até já está na altura de deixar ir.

O yoga ajuda-nos nesse processo e é aí que reside a espectacularidade. Cada dificuldade, cada limite, cada embate, cada tentativa impulsiona esse trabalho interior: o aceitar quem somos, o respeitar o nosso tempo, o maravilharmo-nos com as nossas tantas vezes pequeníssimas conquistas e a sentirmos gratidão por isso. É bom reconhecer tudo o que de bom há em nós e reconhecer isso no outro, aquele outro que é nosso companheiro de viagem, mesmo que só por breves instantes e à distância de um tapete. :)

O yoga não impede as feridas, mas ajuda no processo de cicatrização, não nos impede de chorar mas consola-nos, não nos impede de cairmos mas instiga-nos a levantar.

É fantástico não é?

Há uma frase linda de B.K.S. Iyengar que resume tudo: "O yoga ensina-nos a curar aquilo que não precisa de ser suportado e a suportar aquilo que não pode ser curado.”


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