Começar de novo

Preciso de protecção, contra mim mesma. Não há maior violência do que o negativismo que injectamos para o coração. E se as trevas se abatem é porque lhes deixamos a porta aberta e passadeira vermelha.

É possível falar em muitas fórmulas. Podemos ouvir conselhos de quem supostamente sabe mais, e aceitar com humildade que sabemos pouco no que toca a fortalecimento interior. Mas a luta é severa e mais desgastante se torna quanto menor for a motivação para superar.

E então, entra o tempo. Tempo do passado em que vivemos e experimentámos. Se formos astutos, o passado servir-nos-á de aprendizagem para o hoje. E o tempo do futuro tomará a cor que as acções do presente lhe derem.

Pois bem, se assim é, que aprendi eu?

Devo ser menos exigente com os outros e mais tolerante comigo mesma.
Devo permitir que o amor chegue, entre e se instale mesmo que não da forma que eu tinha idealizado.
Devo ser fiel aos meus princípios e coerente nas minhas escolhas.
Devo lutar pelos meus sonhos apesar das dificuldades.
Devo aceitar as minhas fraquezas e trabalhar para superá-las.
Devo ser eu... Eu mesma... Com tudo o que isso acarreta de bom e de mau.

Nada disto é novidade. Não há nenhuma revelação bombástica. Tudo já foi pensado, escrito. Há quem já aja assim. Quem tenha nascido assim...

Para mim, é aprendizagem de uma vida. Com sorte, será só de uma vida :)

Chegando ao dia de hoje, questiono-me ainda como pode ser complicado interiorizar o que, na verdade, é óbvio. Lamento pelos momentos em que me permiti sentir e agir de forma tão contrária ao que digo acima.

Mas todo o dia é bom dia para começar de novo.


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