Fé em Deus
Creio que ainda não tinha abordado o tema da minha fé em Deus, mas talvez esteja na altura de o fazer.
Depois de imensos anos dedicada à New Age e a uma panóplia de terapias holísticas, comecei a afastar-me desse caminho e estou a redescobrir a minha fé em Deus.
Este ano iniciei o meu estudo na Bíblia. Ele não é sempre constante. Tem interregnos, avanços e recuos. Às vezes parece-me super certo, outras vezes tenho dúvidas. Mas apesar deste questionamento, esta fé tem-me trazido uma imensa paz.
Lembro-me de ser jovem e achar que a Bíblia não fazia sentido. Hoje entendo que ela é o que é sem filtros. As descrições mais violentas ou chocantes foram vivenciadas e por isso fazem parte das Sagradas Escrituras, mesmo que nos parece estranho. Não há floreamentos para agradar. Aquele tempo era diferente do nosso em muitos aspectos e não podemos ignorar isso. Retrata pessoas reais que viveram a fé e que, também muitas vezes, desviaram-se dessa fé.
Há umas semanas vi um documentário no History Channel que retratava uma descoberta arqueológica em Tel Moza, Israel. Nem de propósito, alguns dias depois, vi um vídeo do Pastor Rodrigo Silva, que falava dessa mesma descoberta. Parece que, e apesar de o Templo de Jerusalém ficar relativamente próximo, os judeus também cultuaram outros deuses ali naquele espaço - incluindo o culto a Aserá, a deusa que o mesmo Pastor acredita ser a mulher vestida de escarlate que aparece no Apocalipse. Ou seja, apesar de haver uma orientação na fé, ainda assim, muitos adaptavam o seu próprio culto.
Por isso - é o que eu sinto! - quando chegamos ao Novo Testamento temos uma maior leveza. Parece-me que Jesus Cristo desmistificou algumas questões, alertando que muitas vezes as pessoas sustentam a sua fé nas leis dos homens em vez de ser nas leis de Deus.
É inegável que ainda tenho um enorme caminho a fazer. E sinto medo. Medo de me enganar. Talvez não seja correto pensar deste modo, mas é o que eu sinto. Eu já achei anteriormente que estava no caminho certo e demorei a perceber que estava errada. Mas se há algo que aprendi é em não passar de um extremo ao outro. Citando novamente o Pastor Rodrigo Silva, "extremo é um lado da verdade que ficou louco."
Sei, pelo menos, que não quero voltar à New Age. Já retirei o meu altar, e arrumei as minhas cartas, pêndulo, cristais e afins. Talvez nem os devesse ter em casa, mas ainda não consegui retirá-los.
Percebo os estragos que estas práticas fizeram na minha vida, apesar de verificar que há, cada vez mais pessoas, a seguirem este caminho esotérico. Também não sei muito bem como me posicionar relativamente aos meus amigos que ainda recorrem a estas ferramentas holísticas. Sei que tenho de respeitar o direito de escolha de cada um, mas não consigo ter uma opinião favorável. Ou seja, se eu acredito que algo é maléfico e vejo um amigo a recorrer a essa prática, não posso ficar indiferente só para respeitar o seu direito de escolha.
Este é um de entre imensos desafios que se me afiguram. Por ora, sigo o caminho da melhor forma possível tentando ter sempre presente a palavra Dele.
P.S. Foto tirada ontem em Sintra
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