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A mostrar mensagens de janeiro, 2023

👌 Grown up woman

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Lembrei-me desta mensagem que escrevi há mais de 10 anos. Tenho vindo a desenvolver alguma sobriedade e, para grande orgulho meu, sei que hoje não escreveria tal coisa porque não me sentiria de tal maneira. Só para te lembrares Lídia... É possível ser melhorl! 👌

É o conforto na cobardia quando deveria ter sido o desconforto na coragem.

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A vida vai seguindo com relativa suavidade. Reconheço que, de certo modo, sou uma privilegiada. Neste ponto de privilégio tenho-me recusado a tomar consciência de dores que não são minhas. Antes que se inicie o julgamento, passo a explicar. Alguma vez sentiram o vosso barco a navegar com tal tranquilidade que têm medo de tudo o que o possa perturbar? Verdade seja dita, tenho medo de cair, tenho medo dos vendavais. A dor do outro tem algo de muito penoso porque confronta-nos com as nossas próprias mazelas e fraquezas. Ontem concluí que me tenha afastado das pessoas para evitar qualquer estímulo emocional. Não estou a defender uma forma de estar na vida, é apenas uma constatação. Perante as lágrimas que oiço, nem sempre sei o que fazer, o que dizer. Há algo em mim que nesses momentos deseja enterrar a cabeça na areia e fingir que nada sei. Vejo hoje que sempre agi assim. Há quase três anos deixei ir amizades porque era mais fácil armazenar as emoções nos recônditos do meu ser do que enfr...

Subir e descer na serra e na vida - #Castelo dos Mouros

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Ontem arrastei-me para fora de casa. Tenho notado uma quebra de energia aos fins-de-semana. Talvez seja o frio que não convida a passeios. Mas no Domingo lá me forcei a fazer um percurso que já estava na minha lista de desejos há muito tempo. Subi pela Serra de Sintra em direção ao Castelo dos Mouros. Não me imagino a ir lá novamente tão cedo 😄 Cheguei cansadíssima, a deitar os bofes pela boca. Mas valeu a pena. A vista é magnífica. Do alto avista-se o mar ao longe e o Palácio de Sintra em baixo.  Da Torre Real, na mesma linha de horizonte, o Palácio da Pena impõe-se na sua grandiosidade. Subi pelas escadas em pedra da muralha, a lutar contra as vertigens e a lutar contra outra espécie de sentimentos. "- Não consegues estar bem com os outros se não estiveres bem contigo mesma. Mas agora que estás bem contigo mesma, consegues estar bem com os outros?" Up's!! Fui apanhada na curva. Talvez este tipo de pensamento não seja o ideal para um passeio de Domingo mas não dá para c...

Vejo-me!

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Ontem à noite, deitada na minha cama, revi partes do meu passado, circunstâncias, momentos. Reconheci uma Lídia que era imatura, chorona, resmungona, muita vezes "orgulhosamente sem filtros" e dei-me conta do quanto evoluí. Senti-me então feliz por já não reagir da mesma forma, por não me impor aos outros, por não elevar a voz para me fazer ouvir, por não amuar quando as coisas não ocorrem como gostaria.  Lembro-me de como, há 2/3 anos, me sentia revoltada com a vida, com os outros, comigo mesma. Como o meu coração mergulhava na dor e na raiva. Como deixava que da minha boca saíssem palavras feias, manipuladoras, sedutoramente repletas de inverdades. A forma como me relacionava com o exterior refletia o meu interior. Se bem que houvesse um impulso para a ação - e isso para mim é algo positivo -, essa ação revestia-se muitas vezes de agressividade. Hoje acalmo-me, não forço a aceitação de mim mesma pelo outro, não forço amizades, não forço o amor, não forço que me sejam ditas ...

De fora para dentro

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Sentei-me com a cabeça encostada à janela do 783. Fixei a atenção nas luzes, no pára-arranca dos carros, alheia às conversas de circunstância no autocarro. Pensei e senti, mas não consigo colocar em palavras o que pensei e o que senti. Pedi para que tudo o que me envolve nestes momentos, que me retira da realidade e me eleva a um lugar de paz, durasse o maior tempo possível. Esta caminhante vai-se curando a cada passo. Esta caminhante vai-se encontrando, vai-se reconhecendo, vai sabendo quem é. Olho, observo mas já não tento captar as imagens com a máquina. Já não há necessidade de partilhar com o exterior. Há um belo que é invisível e só se capta com o olho da alma. Quando olho para dentro, vejo-o. (Imagem tirada da net, pode ter direitos de autor) 

Não te percas de ti mesmo/a

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 "Não gosto desta pessoa na qual te estás a tornar."  Há alguns anos ouvi esta frase. Já me tinha esquecido mas hoje, em conversa com a Mónica, lembrei-me destas palavras que me dirigiram. Trouxe-me à memória momentos do passado e senti-me bem por eles parecerem tão distantes da minha realidade atual. Entendo que não seja fácil para quem nos rodeia descobrir as características menos boas do outro e que lhes eram desconhecidas. Mas também sei que vimos a este mundo para sermos quem somos e não quem os outros desejam que sejamos.  Viver em autenticidade tem um custo mas será sempre menor do que o preço que pagamos quando não vivemos em verdade connosco próprios. "Eu gosto da pessoa na qual me estou a tornar." Tenho orgulho nela, no seu percurso de vida, no seu trajeto, nas suas conquistas, na sua aprendizagem, na forma como encara e vive a vida, no encanto que tem pelas pequenas coisas, no seu gosto peculiar pela simplicidade.

Percursos - São Miguel de Odrinhas, Terrugem e Sintra

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Esta segunda-feira começou um pouco atabalhoada. Perdi o comboio das 7h13. Enganei-me na linha quando cheguei ao oriente. Por pouco esquecia-me de sair em Entrecampos e o 713 demorou imenso a chegar. Tudo "regado" com pingos de chuva quando, supostamente, não iria chover. Por tudo isto soube-me bem chegar ao escritório e sentir o silêncio e a calma. Sentar-me. Beber um chá. Começar o trabalho e nos "entretantos" escrever estas palavras. Os dias têm passado com relativa normalidade. Ontem desafiei-me a ir a São Miguel de Odrinhas  para visitar o museu mas bati com o nariz na porta. Compensei-me com a visita à Cascata de Fervença, ainda que me tenha enganado no caminho 2 vezes, e desconfie que entrei por uma rua onde não era suposto circular. Estes meus destinos são sempre conduzidos de forma muita solitária e digo-o como facto, não como lamento. Orgulho-me de saber que vou, que me ponho a caminho mesmo que depois nada corra como tinha idealizado. Por fim, passei por ...

Porto Seguro

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Em "modo regresso" depois de um início de ano atípico que me obrigou a repouso e antibióticos. E sabe bem voltar ao que gosto, ao que me faz feliz ... Caminhar pelas ruas de Alfama após o treino, em direção a Santa Apolónia. Sentir-me viva e esperançosa. Ser o meu próprio Porto Seguro.