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A mostrar mensagens de agosto, 2022

Em jeito de conclusão

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Este fim de semana foi desafiante para mim. Tive dificuldade em dormir de Sábado para Domingo. Tenho sentido um cansaço emocional e alguma falta de energia. Acordo exausta com os sonhos que me acompanham, ainda que não me consiga recordar deles. Aceitar as minhas descrenças não é fácil. Se retiro as certezas, a que me poderei agarrar dentro das minhas dúvidas? Entre a procura de informação e a partilha de ideias com a minha melhor amiga, acabei por chegar à conclusão de que não há verdadeiramente uma crença nem uma descrença da minha parte. Apenas me sinto saturada desta necessidade constante de validação exterior. Fui recebida na teia familiar a dizer-me o que deveria ou não de ser ou de fazer. Na adolescência vieram as amizades. Surge aquela primeira noção de tribo que se tornou muito mais marcante na minha idade adulta. A tribo do esoterismo ganhou raízes fundas em mim. Substituí, de certa forma, a família pela NA e a NA por aquele grupo que parecia desafiar as normas, as regras, o ...

"So the question is just this - will you allow objects to influence you or will you influence the objects?" [Sadhguru]

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Conselhos para a vida

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Confia. Prioriza-te! Sorri muito. Faz exercício. Vive a tua vida. Lê um bom livro.  Agradece pelo que tens. Faz o melhor que sabes. Acredita em ti mesm@. Não deixes que sejam os outros a determinar o teu valor.

Reflexões

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O termómetro marca 19ºC. Da janela do autocarro olho os céus que se pintam de cinzento. Estamos em Agosto. Ainda ando de sandálias e camisas cavadas. Não obstante, se me baseasse apenas na cor do céu, acharia que hoje era dia de chuva. Gosto desta sensação de Outono que quer, gradualmente, marcar presença. Nos últimos anos tenho tentado tirar o melhor partido de cada estação do ano mas mantenho uma preferência, nada secreta, pelo Outono. Gosto dos tons de castanho, da folhagem a cair dos ramos das árvores, da brisa a soprar com mais força, do recolhimento que nos vai sendo pedido à medida que avançamos no ano. Hoje, enquanto atravessava a Av. da República no 783, pensei imenso nesta minha admiração pela energia outonal. Paralelamente, e indo ao encontro dos meus desabafos mais recentes, sinto que também este tempo me leva ao passado e me faz recordar imensas coisas. Como já referi em partilhas anteriores, estou a passar por uma fase que às vezes chamo de "crise de fé", à falt...

Cabo Espichel

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Revisitei ontem o Cabo Espichel, um dos meus locais favoritos. Acordei nesta manhã de Sábado com uma alegria enorme só de pensar no passeio que ia fazer. Parecia uma criança a quem estavam a oferecer um presente. Assim o vejo, nesta possibilidade privilegiada de poder percorrer estes locais mágicos de Portugal. Relembrei, mais uma vez, momentos da minha infância. Este regresso ao passado tem sido uma constante nos últimos tempos e afirmo, com uma leveza no coração, que me sinto bem por fazê-lo. Na companhia dos meus pais, visitamos as ruínas e a igreja do Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel. Pensei na quantidade de gente que terá ocupado aquelas velhas casas atualmente desabitadas. O tempo passa mas há algo que se conserva naquelas paredes e naquele chão. Passamos, depois, junto ao Farol. Imaginei aquela luz forte a iluminar as águas do Oceano Atlântico que batiam ruidosamente no monte escarpado. Tantos marinheiros que terão passado por ali! Tantos que se perderam naquelas á...

A quebrar os meus recordes

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Essência(s)

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Lembro-me de ser adolescente e desejar viajar pelo mundo. Fi-lo maioritariamente em família e não explorei tanto como talvez tenha desejado naquela altura. As incursões mais marcantes foram interiores, verdadeiros mergulhos com vista à minha própria auto-descoberta. Aquele antigo desejo já não é tão marcante. Atualmente, a beleza da regularidade que me é dada pelas ruas de Lisboa satisfaz-me. Sinto-me uma privilegiada por esta descomplicada e natural forma de vida. Vivo em escolhas que - quero acreditar! - vão gradualmente refletindo mais quem eu sou na minha essência. A paz decorre desse encontro em verdade. 

Passado

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As pazes com o meu passado estão a vir da forma mais inesperada. Cansada das leituras habituais e inspirada por uma amiga minha, peguei nos meus velhos livros de "Uma Aventura". Era fã desta coleção quando era jovem. Ao longo do folhear das páginas, vêm-me imagens do meu passado, vislumbres de momentos idos. Vejo-a a ela, essa menina que me habita e tenho uma sensação bastante forte de que ela já não carrega aquela dor que lhe foi, em tempos, tão penosa. Nunca antes a encontrei e a senti tão em paz como hoje.  (Foto wikipedia)

"Senhor, que seja feita a Tua vontade."

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Simplicidade

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Sempre acreditei - e ainda acredito - que viemos a este plano para evoluirmos. Contudo, a minha noção do que significa "evoluir" tem sofrido alterações ao longo do tempo. Já me considerei uma "pessoa evoluída". Hoje percebo o quão grande era a minha ignorância e soberba. Consigo assumir mais facilmente que nada sei e essa tomada de consciência até que me traz uma certa tranquilidade. Não finjo ser o que não sou, nem saber o que não sei, nem pensar o que não penso. Sou ignorante e desconhecedora de muita coisa. Paralelamente, vou-me conhecendo melhor porque o assumir o que não se sabe também implica que se saiba alguma coisa. Ontem a minha bff alertava-me para não cortar tão radicalmente com o caminho que trilhei até hoje. Não pretendo fazê-lo mas também não consigo forçar-me a aceitar "dizeres" que, ainda que possam ser verossímeis para os demais, para mim ainda carecem de muito escrutínio. Respondi-lhe por fim: - Quero simplicidade! Apenas isso! Hoje, ao ...

40anos

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Celebrei recentemente a minha entrada nos 40. A todos os que me perguntaram, respondi que nunca me senti tão em paz como hoje. Os 20 foram de muita dor. Os 30 trouxeram-me maior consciência. Hoje descubro-me na minha autossuficiência. Devo dizer que, ao longo da minha vida, e com a exceção daqueles que me acompanham desde o berço, nunca me senti uma prioridade para mais ninguém. Nunca senti que fosse desejada ou amada. Nunca senti que reconhecessem em mim importância tal que causasse no outro temor perante a possibilidade da minha ausência. Julgo que foi sempre demasiado fácil deixarem-me ir, abrirem mão da minha presença, da minha amizade, do meu amor. Não digo isto com qualquer tristeza. Somos o que somos. Trazemos os nossos desafios e, nesta constante busca pelo equilíbrio, seremos importantes para uns e irrelevantes para outros. A grande verdade, que soa a cliché sem o ser, é que devemos e temos que ser a nossa própria prioridade. É assim! É dizê-lo sem quaisquer floreados! Amo ess...