Novo Ciclo


Há um ano mudei de casa e de cidade. Comecei uma nova vida num local em que não conhecia ninguém. A mudança fez despoletar em mim a necessidade de rever imensas circunstâncias da minha vida, uma dela a minha prática de yoga.

Sempre senti que praticava pelos motivos errados. E ainda hoje sinto (e sei) que o faço pelos motivos errados. Sou bastante competitiva e a ideia de que alguém faça algo melhor do que eu permanece, à data, algo bastante difícil de gerir. Não tenho orgulho nisto, mas é a mais pura das verdades. E talvez tenha sido a necessidade em sobressair que me levou, tantas vezes, a forçar o meu corpo ultrapassando mesmo o limiar da dor. Tanto ego!!! Tanto apego!!!

Sei que Yoga não é isto. Não é uma competição, não é uma corrida, não há metas, não há vencedores nem vencidos. Se sei, por que foi sempre tão difícil colocar em prática?

Passados 7 anos, sinto-me cansada e com vontade em abandonar o barco. Esgotei-me na pressa, agarrei-me ao folclore, … Não se atinge a liberdade no apego!

Atualmente, escolho as caminhadas aos asanas. O tapete está dobrado no canto da sala. O palco das marionetas mudou-se para as ruas de Lisboa. Quero caminhar apenas. Se pudesse, não parava de caminhar. Quero caminhar, quero ir por aí. Sim, isto é literalmente o que me apetece fazer: “IR POR AÍ!”, independentemente de onde esteja o “aí”.  Acredito que qualquer destino servirá o seu propósito.


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