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A mostrar mensagens de julho, 2017

Mudar o chip

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Sempre me debati com questões de autoestima e amor próprio. Tomo o meu exemplo para entender que, quando não gostamos de quem somos, procuramos nos outros as respostas e soluções. Com o tempo, percebi que esperava demasiado das pessoas e que lhes estava a incutir uma responsabilidade que era minha. Temos de ser o nosso primeiro e melhor amigo. Hoje faço companhia a mim mesma e não me sinto sozinha. Estou acompanhada pelos sonhos que espero concretizar, pela vontade em ir mais longe e pela esperança de encontrar a tão almejada paz de espírito. Às vezes, é preciso mudar o chip, perceber que as circunstâncias se repetem porque, consecutivamente, fazemos as mesmas escolhas e que, se queremos um resultado melhor, temos de mudar as premissas. Às vezes, é preciso abandonar a vitimização e escolher antes o papel de herói da nossa história. Errar é humano, mas pior do que errar é nunca aprender.

Caminhadas

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Duas fotos tiradas no mesmo lugar, com um intervalo de 6 meses. O frio de Fevereiro deu lugar ao calor de Julho, o que torna a viagem até ao estúdio muito mais agradável. Uma fase termina e, em vésperas de fazer 35 anos, e entrar num novo ciclo, descubro que ainda há caminhadas que me deixam de coração cheio.

Paz com a mente

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Faz as pazes com a tua mente. Nesta vida, é melhor serem aliados do que rivais.

Novos caminhos

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Traço um novo caminho e deixo algo para trás. Não é um abandono. É o que é. No vaivém que é a existência, o novo chega e o velho vai, até ao reencontro, se assim tiver de ser. Foi algo que sempre me custou, mas aprendi a aceitar. E quando me lembro do que não está, logo me ocorre que eu estou, e isso basta.

Palavras

Conquistamos a paz e deixamo-la ir, tal como o movimento das ondas que percorrem o mar e se desfazem no contacto com a terra. Assim sou eu, e as minhas oscilações de humor. Assim sou eu, e os meus estados de espírito. Por norma, evito escrever nos momentos em sinto mais inquietação. Entendo que é apenas uma fuga e deteto a minha tendência natural para me afastar do que não controlo. Se partir do pressuposto que não controlo nada, é de supor que, naturalmente, fuja muitas vezes. Talvez seja isso que hoje mais me pesa, enquanto regresso à minha carapaça à espera de nada mais do que o silêncio. Dói-me a cabeça, dói-me o pescoço e o dia parece cinzento apesar do sol lá fora. Já houve outros dias cinzentos enquanto o sol brilhava lá fora. E, de repente, há uma sensação de dejá vu . Se apenas a yogini que pratica no tapete conseguisse transportar os seus instantes de entendimento para fora do tapete, talvez reconhecesse em cada dor a aprendizagem, em cada recuo a oportunidade, e...

Gunas

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Tenho estado numa semana tamásica.  Gostava de encarar o meu recolhimento como introspecção, mas não. É mesmo tédio e aborrecimento. Vijar Kumar (professor de Ashtanga Yoga, de Mysore) explicou, no último fim de semana, que se estamos frustrados, isso é tamas. Vou contextualizar antes de mais. Segundo a filosofia Hindu tudo é composto por três características: sattva, rajas e tamas. São os três gunas, ou qualidades fundamentais da natureza. Sattva é associado à força criativa, à pureza e à tranquilidade, tamas à inércia, à solidez, à imobilidade e à resistência, rajas à energia que remove o obstáculo, à acção, ao movimento e violência. Também os nossos dias são regidos por uma destas características. Há momentos em que queremos estudar, ler, reflectir, investigar. Isso é sattva. Há dias em que queremos colocar os projectos em marcha, queremos agir, reagir, fazer acontecer. É rajas. Há ainda os instantes em que só queremos dormir para não pensarmos em nada. Tamas!!! Vamos pulan...

O ser humano que se basta a si mesmo

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“As coisas vêm e vão constantemente: essa é a lei da natureza. É preciso reconhecer que nada daquilo que chamamos nosso é realmente nosso. (…) O apego e a identificação com aquilo que considero meu, e a tristeza que se segue quando perco o meu são conseqüências da ignorância existencial. Então, “perfeição na ação”, como ensina a Bhagavad Gita, significa desligar-se da tristeza e as demais formas que o sofrimento assume, através da compreensão daquilo que verdadeiramente sou. Esse é o verdadeiro sentido do Yoga: união com o que se é, e separação daquilo que não se é. (…) É bom lembrarmos que já somos toda a felicidade que procuramos. (…) O ensinamento essencial dos Vedas, resumido na afirmação tat tvam’asi, “você é Isso”, ou o ser individual é idêntico ao Ser ilimitado, deve ser compreendido e aceito se quisermos uma vida tranquila, apesar as dificuldades inerentes a qualquer existência humana.” Pedro Kupfer http://www.yoga.pro.br/artigos...

Sem apegos... Sem aversões

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Adoro o ashtanga com a mesma intensidade com que o “odeio” (entre aspas mesmo). Faz-me descobrir tudo o que posso ser. Faz-me descobrir tudo o que ainda não consegui ser. Mas a grande verdade, é que não interessa o que posso vir a ser, nem o que ainda não sou. Interessa o que sou hoje. Essa é a luta do tapete: a aceitação do momento presente. O yoga é não vivermos agarrados ao passado, nem ansiosos pelo futuro. É vivermos o tempo de agora. Quando o bom vem, aceitamo-lo e seguimos em frente. Quando o mau vem, aceitamo-lo e seguimos em frente. Não há apego… Não há aversão… Não há ondas que ameacem a nossa caravela que segue placidamente a sua viagem. Bem sei que é tão mais fácil falar do que colocar em prática. E quem sou eu para falar no que são escolhas certas ou erradas. Contudo, algo me diz que não dá para voltarmos a ser o que fomos quando já sabemos aquilo que antes não sabíamos.