A Caminhante

Deitei-me depré… acordei depré… Nada como tomar um banho às 6h da manhã e ir para o yoga antes do trabalho para acabar com a depré(ssão). Há pouco tinha escrito algo para partilhar. Queixava-me já nem lembro bem do quê. Apaguei tudo. O que escrevo afeta-me tanto como o que penso. Não quero pensar em coisas tristes. Não quero escrever sobre coisas tristes. Não posso controlar o que penso, mas ainda posso controlar o que escrevo.

No passado, forcei quase até quebrar e hoje o meu joelho reclama de dor. “Isto não é yoga”, digo a mim mesma. Hoje entendo que não é yoga. Depois de alguns anos a praticar percebo que não percebia nada e confundi o instrumento com o objectivo. Yoga é libertação. Yoga é moksa. Yoga é samadhi. Yoga é a união da consciência individual com a consciência universal. Asana é um instrumento. Pranayama é um instrumento. São úteis, mas são instrumentos. Quando entendemos isto, percebemos que evolução nada tem a ver com ganhar flexibilidade e fazer todas aquelas posturas difíceis. Em termos práticos, posso fazer yoga e não fazer asanas e posso estar a fazer asanas e não fazer yoga. Yoga está na intenção. Proposta: tentar pensar na minha intenção antes de estender o tapete….