Em jeito de balanço

Decorria o ano de 2012, mais propriamente mês de Agosto, quando entrei pela primeira vez no Shala.6 meses mais tarde os meus passos levar-me-iam ao "Templo de Delfos".
O contexto era favorável. Talvez influência do calor de Portugal ou conjugação astral, sei lá, mas tudo parecia me ter conduzido para onde me encontrava. E poderia eu ter maiores paixões do que o yoga e a filosofia?
Os mantras encoavam diariamente na minha mente, reaprendia a respirar (sim, isso é possível!!!) e, entre páginas folheadas e sorrisos trocados com os meus novos colegas, pensava eu ter descoberto a pólvora. Não será isso que todos nós sentimos quando de repente parece que estamos onde sempre foi suposto estarmos?
A vida é feita de provas, e hoje sei e sinto que a maior prova começa quando na maior certeza surge a maior dúvida.
Não somos feitos de amarras, somos feitos de liberdade, mas ter consciência disso é uma carga de trabalhos. 
É como acordar de um sonho e percebermos que somos o cosmos, mas até para viver a imensidão de tudo o que podemos ser, é preciso tempo e paciência. Roma não se fez num dia. Nem o ser humano se constrói num dia, se calhar nem numa única vida.
Demoraria mais 2 anos a deixar ruir as fundições da minha estrutura já velha e caduca. Novos andaimes são erguidos e cada célula, cada pensamento, cada ideia, cada sentimento conspiram para o florescimento do novo "Eu".
Somos unos, mas somos muitos... Somos vários lados e facetas mas caminhamos para a unidade.
Somos uma pegada que alguém sonhou lá em cima, bem no alto, entre as estrelas.
Somos o nosso próprio sonho.



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