Caminhos
Ontem fui passear... andei sem destino. Subi ruas, desci
ruas, virei à esquerda, virei à direita. Escolhi o caminho mais longo, mais
íngreme, o que mais me afastava do regresso a casa.
Descobri os cafés de esquina, os restaurantes típicos
lisboetas apinhados de gente, as lojas de souvenires,
os postais, o barulho do tuk-tuk,
os flashes das fotos,... os turistas prontos para uma nova selfie.
Sorriram para mim e eu sorri de volta.
Há dias que são assim. Apenas isto.
Não provocamos uma revolução, não mudamos o mundo, não
fazemos a diferença.
Não acreditamos, nem deixamos de acreditar.
Seguimos incógnitos a cada passo que damos apenas na
companhia dos nossos próprios pensamentos.
E não há problema nisso.
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