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A mostrar mensagens de março, 2016

Escolhas

Coloco-me nas circunstâncias em que me encontro. E hoje digo isso, sem ser preciso perguntar e esperar pela resposta. Não há problema. Não há erro. Não há certo. Fiz uma escolha e assumo a escolha que fiz. Talvez ainda não consiga deixar para trás tudo. Os meus medos, e até a preguiça em cortar amarras, têm raízes fundas, mas dou um pequeníssimo passo no que eu espero ser um dia a minha libertação. Tudo são ilusões. Até o querer, até o possuir, são ilusões. Não somos donos de nada. Se nem de nós mesmos, muito menos dos outros. E isso pode ser encarado como algo fantástico se pararmos de procurar a felicidade fora de nós.

"Vê a vida não só com os teus olhos" (Autor desconhecido)

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Refém

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Nunca quis ser refém de ninguém, mas descubro-me refém de mim mesma. Aceitei o que me disseram sobre felicidade e pouco questionei. E quanto questionei foi um acto de rebeldia mal empregue porque não havia sinceridade na dúvida. Eram apenas momentos de amuo. E quando afasto as trevas dos outros, encontro-as em mim e entendo, por fim, que o problema nunca foram eles. Fui eu.... sempre. Porque aceitei. Porque aceitei e interiorizei. Porque aceitei, interiorizei e hoje as raízes dessa árvore opinativa estão fundo dentro de mim. Pudesse eu hoje voltar costas a tudo isso!!!! ... Somos todos presidiários de uma forma ou de outra. Ridículos presidiários a pavonearem-se na via pública como se houvesse motivo de orgulho nas “algemas” que os seus pulsos exibem.

Desejo nada desejar

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Desejo nada desejar. Quero nada em ti encontrar. E na desobrigação de tudo ter, ser feliz por nada querer.

Leituras

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Vou entretendo a minha mente com as palavras de quem sabe mais do que eu. Acabei, por fim, o Bhagavad Gita (obra que ainda terei de reler) e estou a reler O que não faz de ti um Budista, de   Dzongsar Jamyang Khyentse, obra que recomendo vivamente a quem queira saber um pouco mais sobre o Budismo, mas de forma simples e clara. Ainda não sei muito bem em que acreditar e no que pensar. Aceito que haja uma verdade única e última. Mas julgo-me tão verdinha que ainda nem me atrevo a dizer "este caminho que faço". Não há este caminho , há vários caminhos. O facto de seguir um ou outro pode estar dependente de algo tão simples como o meu estado de espírito. E inconstante como sou, também são os passos que dou. Sinto-me motivada o suficiente para agir. Mas agir sem reflectir pode ser o mesmo que querer construir uma ponte sem colocar devidamente os pilares. Qualquer ventania mais forte, e a estrutura cede. Tal como qualquer ventania mental que surja poderá derrubar um acto mal ...

Instantes

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Vagueio entre a luz e a sombra e não raros são os dias em que até o meu mais sincero sorriso pode ser ameaçado por um instante em que duvido de tudo. A dúvida é a recordação do que já passou e já vivemos como se o passado pudesse voltar em forma de agente de cobranças. É certo que tudo se paga, mas nem a sombra mais penetrante deverá condicionar um futuro de luz. A não ser claro, se o permitirmos. Façamos as pazes connosco próprios antes de nos embrenharmos na multidão de gente.

Porque uma imagem vale mais do que mil palavras

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E às vezes cruzamo-nos com uma imagem que diz tudo!

Yoga e limpeza interior

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Quem me conhece sabe que eu adoro Yoga, ou não passasse eu dias consecutivos a falar sobre motivação e objectivos relativamente a esta prática milenar. Dei-me conta recentemente que, e apesar de toda essa paixão e entusiasmo, tantas vezes a minha prática diária faz com que cheguem ao de cima sentimentos adversos . O Yoga não é só pranayama (respiração), não é só asana (postura). O Yoga é caminho de revelação de quem somos. E o “quem somos” acarreta o bom e o mau. Posso dar alguns poucos exemplos do mau: - Frustração pelo facto de não conseguirmos fazer tal postura; - Raiva porque sentimos que não avançamos tanto quanto queriamos; - Inveja porque nos comparamos a quem sabe mais ou é melhor do que nós; - Vaidade porque nos comparamos a quem sabe menos ou é pior do que nós; - Falta de disciplina porque julgamos, na nossa grande ignorância, que à medida que os anos passam, podemos praticar menos quando é exactamente o contrário. Praticar yoga é ser um eterno discípul...

Velhas Árvores de Olavo Bilac

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Olha estas velhas árvores, mais belas  Do que as árvores novas, mais amigas:  Tanto mais belas quanto mais antigas,  Vencedoras da idade e das procelas...  O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas  Vivem, livres de fomes e fadigas;  E em seus galhos abrigam-se as cantigas  E os amores das aves tagarelas.  Não choremos, amigo, a mocidade!  Envelheçamos rindo! envelheçamos  Como as árvores fortes envelhecem:  Na glória da alegria e da bondade,  Agasalhando os pássaros nos ramos,  Dando sombra e consolo aos que padecem!

Procura Interior

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E se tentarmos encontrar as respostas dentro de nós, nas profundezas do abismo do nosso ser? E se dentro de nós conseguirmos encontrar o sentido da nossa existência? Talvez não sejam precisas as cartomantes. Está lá !!! Basta vasculhar. Basta procurar quem somos... hoje, agora, neste momento.

Lutar contra a posse

Tudo o que tu faças que represente única e exclusivamente o controlo do outro, só te pode trazer sofrimento. Se o passado pode servir de aprendizagem, deseja que tenhas aprendido isto. Primeiro , deixas a poeira mental. Depois, elevas a consciência. Por fim , libertas-te! Este não é o fim do caminho, mas o seu início. @retalhos

Desapego

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Há aqueles que esperam tudo dos outros e desiludem-se. Há aqueles que não esperam nada dos outros porque já estão desiludidos. Há aqueles que não esperam nada dos outros porque vivem sem expectativas? Serão estes os mais felizes? Fala-se cada vez mais na necessidade de desapego, mas parece-me que não é claro o que isso significa. Não me parece que desapegar seja ficar indiferente, ignorar ou nada esperar, ou como o Priberam (smile :) refere: "Perder a afeição". Julgo que fará mais sentido entender o desapego como o "viver apesar de", ou o "viver mesmo com" ou "viver mesmo sem". Vive-se sem condicionarmos a nossa existência à presença ou ausência de alguém, algo e/ou condições propícias ou adversas.  Vive-se sem estarmos acorrentados a sensações, sentimentos e desejos. Vive-se sentido mas sem a dor de sentir. Vive-se o melhor de nós enquanto seres livres. Sim, parece-me que é isto.   Desapego é liberdade. :) C.S. Lewis dizia ...

Que bela é a esperança na simplicidade!

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É cómodo o silêncio. É cómoda a protecção destas quatro paredes. É cómodo o gradeamento que te afasta da “poeira” citadina. É cómodo convidarem-te a fazer o bem quanto estás envolta na tua bolha. É cómodo o que é fácil. Não tão cómodo, é o difícil. Não tão cómodo é fazer o bem quando tudo é difícil. Por isso escolhe sair, sair do silêncio, da protecção, do gradeamento. Atreve-te a mergulhar na “poeira” citadina. Recebe os raios de sol e contempla os sorrisos dos transeuntes. Sorri muito. Que bela é a esperança na simplicidade! E ao longo do passeio, rejuvenesce. E ao longo do passeio, faz-te forte.  @retalhos

Encruzilhadas, pensamentos.... pensamentos, encruzilhadas

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Escrevo para ti e para quem me queira ouvir. Para quem esteja, para os presentes de facto, para os ausentes. Para os que se preocupam e para os que se estão a marimbar. Acho que é nobreza respeitarmos os nossos pensamentos, aqueles que achamos válidos , e é reconhecer nobreza em nós mesmos apesar de todas as merdas que fazemos ou vezes em que falhamos. Estou constantemente em modo repetition e canso-me de dizer o mesmo. É urgente contar histórias novas ou terei novo interregno. O último durou 14 anos quando descobri imaturidade nas páginas do meu diário e disse, por fim, “Já não estou mais para isto”. Quantas vezes disse “Já não estou mais para isto?” Imensas. Talvez o problema não esteja no fazer o mesmo várias vezes, mas sim no gastar demasiada energia com o que não interessa. Ainda tenho fé no ser humano. Ainda sou maternal com os meus amigos. Ainda chamo “amigo” a toda a gente. Mas se até isto me parece não ser o problema original, o que é? O que se pensa, lá ...

Lisboa

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Valemos a pena

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Agarramo-nos frequentemente à ideia de “sorte” e de “azar” para nos valorizarmos em relação aos outros ou vitimizarmo-nos com a mesma intensidade. Podemos tentar procurar uma explicação para as situações boas e adversas. Podemos culpar os astros, acusar o karma. Podemos vir com o argumento das vidas passadas e da inevitabilidade de recebermos o bom e o mau das nossas ações. Sei no que acredito. Não acredito por ser lei, nem uma verdade que dou como certa e garantida. Acredito porque hoje, tempo presente, é o que me faz mais sentido. Não obstante, insisto para comigo mesma que não devo focar-me muito no passado para sarar feridas. O que interessa é o que escolho fazer no momento do agora. Sim, como humana que sou, já invejei, já olhei para os outros e chorei como se a vida alheia fosse em tudo melhor do que a minha, como se as suas recompensas fossem mais compensadoras do que as minhas, como se os seus dias fossem repletos de presentes. E como, julguei eu!, queria t...