Ao sabor do vento!

Há dias em que regresso à minha carapaça de caranguejo e fico apenas à espreita, a ver o mundo lá fora.

Mas já não sou mais fã de fugas. E se bem que tolere certas características minhas, os meus braços já se estendem para lá daquela "armadura".


E olho tudo com uma atenção diferente. E olho tudo como se tivesse estado cega sem o saber. E nesse vislumbre sou como uma menina curiosa.

E, de repente, já não me assusto em pensar no que não controlo. Não receio sentir o que mais me assusta. Faço as pazes com a minha mente, tréguas com o meu coração. E deixo-me ir ao sabor do vento...

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