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A mostrar mensagens de outubro, 2023

Finais de Outubro

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A última semana foi de intempéries, incluindo as emocionais. Felizmente, tudo teve resolução e, em véspera de mini-férias, espero poder descansar sem sobressaltos. Cada vez me vou encontrando mais, e quanto mais familiar é o meu mundo interior, mais estranho me parece o mundo exterior.

"(...) não quero que todas as minhas más experiências me façam perder a fé no amor e na vida."

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Ouvi hoje um áudio de uma terapeuta em resposta a uma questão colocada por uma das suas interlocutoras sobre o papel de mãe que tantas vezes desempenhamos em relação a quem precisa, sendo que depois não encontramos um retorno quando somos nós a precisar. Não me revejo propriamente nesta situação mas fez-me pensar sobre a dinâmica das minhas relações com as outras pessoas. Volto (claro está!) sempre ao mesmo exemplo mental, ainda que não o verbalize. O que percebo hoje sobre mim mesma? 1- Tenho dificuldades nos relacionamentos; 2 - Quando gostava / gosto de alguém não sei o que fazer para me tornar "atraente" aos seus olhos. Não me refiro apenas fisicamente, mas também a nível de personalidade; 3 - Durante muito tempo achei que se eu me mostrasse mais maternal, isso me tornaria "desejável" aos seus olhos.  [Sim, é meio ridículo, mas permitam-me, por favor, o desabafo!] 4 - A dada altura percebi que as pessoas (diga-se homens) de quem eu gostava poderiam sentir um car...

Viagens

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Tenho vontade de escrever, deixar que os meus dedos produzam as palavras necessárias. Mas, a bem da verdade, não sei quais são as palavras necessárias e não me apetece muito falar/descrever o meu dia-a-dia. [[Esta foi a semana em que o Hamas atacou Israel, um assunto que merece e tem merecido profunda reflexão mas que não me apetece partilhar.]] A nível bastante pessoal tomei duas decisões. Saí da rede social Facebook, o que para mim é uma enorme conquista. Por outro lado, entendi por fim que o Parque da Bela Vista pode bem ser o espaço ideal para mergulhar mais profundamente em mim. Não quero explicar melhor do que isto. É um caminho de passagem essencial... A par disto, fico feliz por ter descoberto uma escritora polaca fantástica que traz uma escrita que muito me encanta. Ela leva-me a passear, a caminhar pelas suas Viagens e é com um excerto das suas viagens que quero terminar este post: “Regressou por caminhos sinuosos, por mares periféricos, pelos mais apertados estreitos e pelas...

"Deixa ir!"

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Revivo as minhas emoções de acordo com o meu ciclo interno, em constante oscilação entre expansão e retração. Vou-me conhecendo melhor e identifico estas minhas fases. Identificando-as preparo-me para o que vem.  Já percebi que em determinados momentos faço sempre isto ou sempre aquilo, reajo desta ou daquela forma. Ontem, enquanto me aninhava entre os lençóis, desafiei-me a fazer diferente. Há sempre uma frase que me acompanha: "Deixa ir!" Se bem que haja neste deixar ir a impossibilidade - provisória, desejo eu - de deixar ir a própria necessidade do "deixar ir", quero acreditar que um dia não terei sequer de me debater com as velhas questões do passado porque terei, entretanto, superado.  A verdade é esta. Eu quero mesmo deixar ir certas coisas. Não é fácil, porém. Os meus sonhos trazem-me o passado. Fazem-me relembrar. A mágoa ainda existe e sei que, no fim de contas, todo este meu repúdio pela "pseudo-espiritualidade" tem origem num passado muito mal ...

Dos Outonos quentes e da necessidade de abrandar o ritmo

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O Outono chegou no dia 23 de setembro, mas os dias estão quentes como se estivéssemos em pleno Verão. Ontem, depois do meu treino, fui até ao Parque do Vale Fundão. Não o achei particularmente bonito. O calor também não ajudou a explorá-lo. Sentei-me num banco e tentei parar e ouvir. Não é fácil para mim parar. Muito menos é fácil ouvir. A minha cabeça anda a mil e tenho urgência num ritmo mais lento sem que, contudo, o aceite sem reservas. Lembrei-me da minha sobrinha, a minha pequenina de 3 anos que, na véspera, sabiamente me dizia para largar o telemóvel e vir para a água. Preciso de largar o telemóvel, o barulho, a confusão, a busca sempre incessante por algo, e parar para ouvir o barulho das cigarras. É tão bom quando consigo ouvi-las, quando consigo silenciar todos os estímulos exteriores e focar-me no momento! P.S. Foto de 25 de agosto que tirei da perto. Ontem, escolhi fixar com o olhar e não com a câmara.