Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2023

Pequenos momentos

Imagem
Cumpri os objectivos: trabalho feito, emails respondidos, faturas emitidas, agendamentos tratados; e treino feito com duas aulas que me obrigaram a suar bem. Mas quando ao final do dia foi hora de voltar, percebi o quanto uma caminhada simples de regresso a casa me pode trazer tanta paz. 

Reflexões - Crise de fé .... Para onde seguir daqui?

Imagem
Estou numa fase de mudança profunda nos meus credos e fé. Durante muitos anos - com o início ainda na minha adolescência - deixei-me levar pelo misticismo, superstições e alguma fantasia. Para mim, o outro lado, aquele lado não tão visível, era uma realidade e poderia ser acedido com a prática e disciplina certas. Na minha família havia uma certa crença no sobrenatural pelo que recorrer a curandeiras, a espíritas e tarólogas não era completamente descabido. Talvez isso explique um pouco o meu fascínio! Adquiri o meu primeiro baralho de cartas de tarot aos 18 anos, uma prenda que pedi aos meus pais. Na altura não o usei muito, mais por preguiça do que outra coisa. Alguns anos mais tarde fui para o yoga, entrei na (e saí da) Nova Acrópole e nos 9 anos seguintes dediquei-me com afinco àquilo que eu chamava de espiritualidade. Eu preciso de fé, preciso de acreditar em alguma coisa. Pessoalmente, sinto que se não tiver alguma orientação espiritual, será muito mais difícil seguir na vida em ...

Será?

Imagem
“ A ciência é mais do que um corpo de conhecimento, é um modo de pensar. Tenho um pressentimento sobre a América do Norte dos tempos de meus filhos ou de meus netos (…) quando, agarrando os cristais e consultando nervosamente os horóscopos, com as nossas faculdades críticas em decadência, incapazes de distinguir entre o que nos dá prazer e o que é verdade, voltaremos a escorregar, quase sem notar, para a superstição e a escuridão.” Carl Sagan, O Mundo alimentado pelos demónios (Imagem retirada da net, pode ter direitos de autor)

Quando as sombras me piscam o olho

Imagem
Entre várias dificuldades que tenho, identifico estas duas. Dificuldade em parar e dificuldade em perceber qual a medida certa das coisas. Na minha prática desportiva, que constitui uma parte tão importante de quem eu sou, debato-me frequentemente com estas duas questões. Sinto que uso a atividade física como forma de me evidenciar. Ridículo quiçá, mas tem sido esta a única esfera onde reconheço e encontro a minha força. Fora dela, sinto-me demasiado vulnerável para gostar do que vejo em mim. Fui assim no ashtanga. Continuo assim agora noutros círculos. Sempre em exigência, sempre a puxar pelo corpo mesmo que me doa. Hoje enquanto me debatia, e por fim me autorizei a ir diretamente para casa, apercebi-me que há algo em mim que imagina outro alguém a ver-me. Imagino espectadores da minha destreza física a preencheram as minhas lacunas e vazios emocionais. Mas é uma completa ilusão. Não há ninguém a ver-me, a não ser eu mesma (e mal). Ninguém espera nada de mim. Para quem não gosta...

Dias simples, dias bons

Imagem
Ontem, segunda-feira, estive de férias. Em dia de férias dedico-me àquilo que mais gosto. Caminhar, treinar, passear. Para mim, Lisboa tem um encanto único e irrepetível. Já o disse várias vezes e hoje, sinto mais do que nunca, que aquilo que sinto quando estou em Lisboa não é o que sinto quando estou fora dela. Há qualquer coisa que me prende, há uma familiaridade que me faz chamar de lar a estas rua, há um reconhecimento que me leva a permanecer. E assim foi, uma segunda-feira onde me deixei estar na relva do Parque da Bela Vista e, olhando para cima, fixei a minha atenção nos ramos das árvores a abanarem ao de leve com a brisa do vento. Pensei em registar os meus pensamentos naquela altura mas sentia-me tão bem em estar apenas.  Ainda luto contra o emaranhado mental em que a sociedade consumista e virtual nos colocou. Ainda me sinto presa e incapaz de fazer a mudança que tanto preciso. Por isso, valorizo tantos estes momentos em que consigo estar, ouvir e observar o que me rodei...

Sei lá!

Imagem
Abril chegou. Tenho vindo a este espacinho virtual diariamente mas as palavras não saem. É-me difícil escrever no desconforto. Tenho receio de me tornar repetitiva ou melodramática. Não sei bem o que será pior. Felizmente está sol e apesar de tudo o que eu possa sentir, porque não consigo evitar sentir, ou pensar, porque não consigo evitar pensar, agarro-me à luminosidade dos dias primaveris e ao desejo de mergulhos em água salgada. Ando no para-arranca. Não sei bem se estou a avançar ou a recuar porque talvez o reviver seja necessário para superar, mas o reviver também é ficar a marinar mais algum tempo, e eu não queria isso. Assim, volto a um comportamento um pouco obsessivo que não lamento apenas porque já me cansei de o lamentar. Eu tento fazer melhor e ser melhor mas há momentos em que realmente não consigo. Chegam a inveja, os ciúmes, a comparação, a negligência. Volto a um registo que eu já gostaria de ter superado por esta altura. É uma merda, mas não consigo ainda encontrar re...