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A mostrar mensagens de abril, 2017

Life

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Dualidades

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Quando era mais jovem via tudo a preto ou branco e categorizava as ações como "certas" ou "erradas". Uma das grandes aprendizagens da vida foi perceber que nada é 100% certo nem nada é 100% errado. A necessidade da categorização vem da nossa natureza humana. Vivemos em dualidade e afirmamos que algo é "assim" porque não é "assado". Se fosse "assado" não poderia ser "assim." Se queremos unidade temos de superar a dualidade que nos quebra em pedaços e nos faz esquecer que fazemos parte de algo bem superior. É sob a alçada da dualidade que dizemos que somos bons ou maus, perfeitos ou imperfeitos. Mas vejamos bem...Se nos acharmos perfeitos perdemos a humildade e onde não há humildade não há capacidade de evolução porque achamos que já sabemos tudo.Se nos acharmos imperfeitos julgamo-nos indignos e não nos apercebemos das dádivas que a vida nos proporciona. E por aí adiante... Na verdade é tudo uma ilusão mas agarramo-nos a fo...

Segunda-feira

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Segunda-feira, véspera de feriado, e apesar disso sinto-me tensa. Admito, porém, que sou inteiramente responsável pelo meu estado de espírito. Não há confronto que não seja necessário ou que não tenha sido, ainda que inconscientemente, instigado por nós mesmos sempre que chegamos a um estado em que sentimos que a mudança é urgente. Hoje há uma série de mini-confrontos, através das mais diversas circunstâncias, mas sei que os mesmos ocorrem no fundo entre aquela que escreve e aquela que sente, ou aquela que escreve e aquela que pensa. É um mal necessário por esse motivo. E ainda bem!!! Ainda antes de começar a escrever, li uma frase que dizia algo do género: “Às vezes temos de abandonar os planos que fizemos porque também já não somos as mesmas pessoas que fizeram aqueles planos.” Nós mudamos todos os dias, interiormente, exteriormente, …. Às vezes abrimos e expandimos o nosso mundo. Outras vezes retraímo-nos. Às vezes tudo é motivo de alegria e outras vezes n...

Sem máscaras

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Esta semana tirei a máscara como o Tomás [Zorzo] nos disse para o fazer. Fi-lo quase sem me dar conta. Se não sentisse uma inquietação interior, ainda acharia que estava com ela bem agarrada à face. Agora há muitas coisas que não me servem. Há muitas coisas que não quero. Há coisas a que digo “Não”. Enquanto penso nisto, dou-me conta de que nem sempre nos é permitido dizer “Não quero”, sobretudo a quem acha que sabe melhor do que nós o que nos serve ou não. A minha inquietação, quase irritabilidade, não é, porém, em relação aos outros, mas a mim mesma e à dificuldade que tenho em dizer “Não.” Por dentro digo “Não”. Bem dentro do peito grito “Não”.   Mas do sentir ao fazer vai um longo caminho. Percebo por fim que os desamores são necessários, que haverá sempre quem nos vire as costas ou não aceite as escolhas que fazemos. Convenhamos, contudo, que nada disso interessa. Escolhas são escolhas. Ainda ontem li uma frase que dizia: “Talvez na escolha errada en...

Pequenos actos

"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota." Madre Teresa de Calcutá  E de repente valorizo todas as minhas pequenas gotas!!!! <3

Cuidado com o ego

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Não podes ser mestre se não consegues ser discípulo... Não podes ser professor se não consegues ser aluno... Não podes ensinar os outros se não existe em ti a capacidade em aprenderes com os outros...

Workshop Ashtanga

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Neste fim de semana de Páscoa tive a oportunidade fantástica em participar num workshop de ashtanga yoga com o fabuloso Tomás Zorzo. Foi uma experiência libertadora a vários níveis. Entre prática de asanas, pranayama, praia, sol e convívio, dei por mim também a chorar compulsivamente na casa de banho. Enxuguei por fim as lágrimas e voltei para o tapete para fazer o sirsasana. Senti-me, literalmente, vertical apesar de estar de cabeça para baixo, mas estava alinhada comigo mesma. Já há muito tempo que reparava que as aulas de yoga eram muitas vezes acompanhadas de longos bocejos. Não era sono, nem aborrecimento…. Este fim de semana percebi por fim o que era enquanto sentia toda uma tristeza recalcada a querer sair do peito pela boca. A minha alma tem tentado expelir o que a bloqueia, mas nestes anos de prática só o consegue fazer a prestações. Em vários momentos o Tomás dizia-nos: “Perde a cabeça! Perde a cabeça!”, enquanto corríamos pela sala feitos loucos, dançávamos, puláv...