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A mostrar mensagens de fevereiro, 2025

João 13:34-35

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A minha fé não é linear. Na verdade, é feita de altos e baixos. Não que por um momento eu duvide de Deus, mas duvido de mim mesma vezes suficientes para questionar a interpretação que dou ao que me rodeia. E talvez seja porque sou acometida por tantas dúvidas e perguntas sem resposta que escolho uma vida com Ele, depositando a minha fé Nele e confiando nos seus desígnios. Ouvi em tempos alguém dizer que não conseguia conceber uma espiritualidade que não incluísse Deus. Também é isto que eu penso e sinto. Sei que muitas pessoas terão um sentir completamente diferente do meu. Respeito isso, mas não posso deixar de desejar que também um dia esta seja a vossa escolha. E sigo, eu mais a minha imperfeição, buscando naquele que é perfeito todo o entendimento que me falta. Percebo que a religião não é aceite por todos. Há quem a ache desatualizada, ultrapassada e dispensável. A Professora Lúcia Helena disse uma vez, ao ser questionada sobre a necessidade ou não da religião, que não devemos ...

Immaculee Ilibagiza

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Desde que comecei a ler este livro, sabia que teria de escrever sobre ele. Há cerca de uma semana cruzei-me com um reels no instagram onde Immaculée Ilibagiza testemunhava sobre a sua história de vida e o quanto a mesma foi abalada pelo genocídio de 1994 em Ruanda, seu país natal. Nos vários comentários, diversas pessoas mencionavam o seu livro – Left to Tell – e no mesmo instante senti uma enorme vontade de o ler. Immaculée retrata uma infância feliz. O início do livro começa com a frase: “Nasci no Paraíso”. Mais tudo isso mudou quando em 1994 hútus extremistas começaram a matar tútsis (a tribo à qual Immaculée pertencia) e outros hútus moderados. A mortandade apoderou-se do país. Immaculée sobreviveu escondida numa minúscula casa de banho com mais 6 mulheres. O local era tão pequeno que nem dava para estarem todas sentadas no chão ao mesmo tempo. Ficou lá 3 meses, sem saber qual o destino dos seus familiares e constantemente com o receio de ser descoberta e morta. Fora d...

Amor próprio

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Ontem fui invadida por uma onda gigante de amor próprio.  Eu sempre consegui entender racionalmente que devemos gostar de nós mesmos. Muitas vezes pensei que já tinha chegado a esse estado de amor por mim mesma. Mas juro que até ontem  ainda não tinha sentido algo tão forte. Já tinha feito as pazes com a minha menina pequenina há muito tempo. Mas ontem abracei muitas outras versões minhas. Abracei aquelas que se queixavam do cabelo que tinham, de usar óculos, de serem gordas, de serem feias, de não serem amadas, e em conjunto com todas elas entendemos que todas essas ideias que nos acompanharam durante tanto tempo não são reais.  Ia escrever que "Deus não requer de nós a perfeição", mas não sei se isso será inteiramente verdade. O que me parece certo é que independentemente das características que tenhamos, merecemos ser amados e aceites. Senti-me então a desligar do passado e a retirar pessoas de pedestais onde em tempos as coloquei. Fi-lo em paz. Aprendi tanto com essas...