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A mostrar mensagens de fevereiro, 2024

Quanto a Ele, busco-O. Talvez seja naquele silêncio da Rua Conde Arnoso que eu O encontro.

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Devido a dores de garganta que insistem em não passar, não tenho ido ao ginásio. Dei ao meu corpo o descanso que creio que ele estava a necessitar. O fim de semana chegou por fim. Esforcei-me por fazer as limpezas necessárias e mudei os cortinados da minha cozinha.  Domingo entrei na Igreja São João de Brito, quase no final da missa. Pode parecer estranha a sequência atabalhoada de ideias que escolho para este post, mas de facto as decisões tomadas esta semana trouxeram-me, creio eu, aquilo que preciso: (reservar tempo para o) descanso, (efetuar) limpezas, (encetar as) mudanças e sacralizar o meu dia. Enquanto caminhava pela Rua Conde Arnoso, permiti-me a estar no silêncio. O silêncio fala connosco, sabiam? Antigamente achava que a vida me iria vencer pelo cansaço forçando-me a uma existência que eu não queria para mim. Mas hoje sinto que, quando parei de resistir, ela trouxe-me sim para o lugar e tempo certos.  Se há aspetos da minha vida que eu gostaria que fossem diferentes...

Só grata pelo passado, mas quero viver o presente 💙

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Terapias holísticas 👎

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Tornei-me adversa às terapias holísticas. Admito que possa estar errada e, na minha assumida imperfeição, não estarei certamente a ver todos os ângulos. Ainda assim, afirmo hoje que há coisas que simplesmente não quero na minha vida. Nos últimos episódios do Extremamente Desagradável, com a Joana Marques, foi satirizada esta temática em diferentes vertentes. Depois de me rir que nem uma perdida, senti-me um pouco culpada por de certo modo estar, também eu, a ridicularizar a fé de algumas pessoas. Sim, isso é errado. Não obstante, quanto mais eu vejo estas abordagens de fora, mas eu acredito que a espiritualidade de pacotilha que se vive atualmente precisa de ser transformada. Entramos numa fase em que a necessidade por respostas é enorme, o vazio existencial é-lhe proporcional, e isto torna-nos um pouco displicentes quanto às fontes onde estamos a buscar as respostas. Pessoal, nem tudo é bom! Nem toda a terapia é boa! Nem todo o terapeuta é bom! Nem tudo é matéria prima! Nem tudo é ver...

Para aqueles momentos em que nos sentimos pequeninos...

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 ... e parece que todo o mundo é mais relevante do que nós.... Talvez não...

Porque a Vida é isto...

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Os últimos tempos têm sido desafiantes. Emocionalmente tenho sentido um vazio enorme. Se antes procurava e conseguia preencher os dias ignorando grande parte das minhas emoções, hoje é muito mais difícil fazê-lo. Reconheço que talvez isto seja uma coisa boa porque leva-me a não fingir, nem contrariar o que brota do meu peito. Apesar de considerar que sou uma pessoa optimista não quero forçar um optimismo que desvie a minha atenção das partes que em mim ainda precisam de luz. A minha fé em Deus mantem-se ainda que, nem sempre, eu queira falar com Ele. Há dias em que só quero enrolar-me nos cobertores, baixar as persianas e deixar que as lágrimas venham. Não é propriamente tristeza que eu sinto, mas um profundo desajustamento. Quero encontrar o meu lugar no mundo, mas é-me tão difícil encaixar. Sinto-me sozinha, mas não quero companhia. Acho que sinto falta de um abraço sincero, de alguém me perguntar como eu estou, sem que daí advenha todo um discurso sobre os problemas alheios. Amigos ...

No meio das minhas imperfeições

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Sou imperfeita, muito imperfeita. A minha fé em Deus aumenta à medida que vou lendo e entendendo a Bíblia e oiço a palavra de outros que professam esta fé há muito mais tempo. Sinto que este caminho é mais real e verdadeiro, mas não me tornei necessariamente melhor pessoa. Ontem fui ao ginásio, como é habitual. Senti-me sozinha numa sala cheia de gente eufórica. Para mim, nada disso me é normal. Foi nesse silêncio interior imposto que refleti imenso na minha imperfeição. Senti a inveja, os ciúmes. Pensei naqueles que são melhores, que têm "mais sorte". Comparei-me. Diminui-me. Por fim, disse para mim mesma que prefiro a solidão porque não quero lidar com nenhum tipo de emoção. Não quero ter de olhar para o outro e através do outro ter de me ver nos meus excessos ou carências. É certo que nunca estou verdadeiramente sozinha porque Ele acompanha-me, mas nem sempre o silêncio erguido à minha volta é fácil de ser trabalhado. Ontem, naquela mesma aula, senti-me desajustada, uma pe...