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A mostrar mensagens de junho, 2023

Por ora, este é o meu caminho.

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Antes de ontem sonhei e o sonho trouxe-me o passado, a lembrança embrulhada em saudade. Quando acordei sentia-me feliz por poder recordar mas triste pela ausência.  Ao longo do dia desejei ardentemente fazer as pazes com o passado, sabendo que isso implica que sossegue o meu coração através do perdão. Estou a tentar. Estou diariamente a tentar perdoar-me e perdoar. Entretanto, a vida segue e ontem, na aula de aéreos, a última aula deste ano lectivo acabou por se tornar na melhor. Sentia-me capaz de tudo e levo comigo a motivação para regressar e tentar fazer ainda melhor. Gosto da arte do movimento. Gosto do trabalho do corpo. Gosto da excentricidade com que eu e os meus colegas nos movimentamos naquele espaço. Gosto porque me sinto bem aqui. Gosto porque me sinto eu. Por ora, este é o meu caminho. (Imagem tirada da net)

"Não sei por onde vou Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí."

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"Não sei por onde vou   Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí." Sempre gostei deste poema de José Régio e sei que já o mencionei outras vezes. Lembrei-me dele hoje porque envolvi-me num debate (que não pretendia sê-lo) no Facebook sobre a espiritualidade e a Astrologia. Eu não sigo mais esta via como já mencionei anteriormente. São pouquíssimas as pessoas com quem tenho partilhado esta minha mudança de pensamento. E não pretendia comentar nada nas redes sociais, mas o teor do post levou-me a ter de dizer o que eu penso e sinto. Todos nós temos questões e realmente ninguém gosta de ver o seu "ponto de vista" criticado mas é preciso ter maturidade para aceitar que ninguém é dona da razão. No final, senti-me ainda mais confiante da escolha que estou a fazer. Ao ler certos comentários pensava para mim mesma: "eu não sou assim; isto não faz sentido para mim." E o que não serve é para deixar para trás. Ainda assim, sei que nada sei. As minhas opiniões p...

Do amor à Filosofia

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Em vésperas de regressar ao trabalho reencontrei "O Mundo de Sofia". Já me tinha lembrado deste livro algumas vezes mas achava que talvez o tivesse perdido. Este fim-de-semana, ao olhar para a estante, os meus olhos fixaram-se na sua lombada. Ei-lo tão visível e tão escondido! Iniciei de imediato a sua leitura. Recordei o quanto gostava de Filosofia quando era mais jovem. Relembrei que quando fui para a NA o meu objectivo era estudar Filosofia. Infelizmente, perdi-me nas atividades paralelas que, muito possivelmente, foram um dos motivos que me levaram a sair de lá. Dei por mim a sorrir com a possibilidade de retomar este meu fascínio pela Filosofia, voltar à inquirição constante uma vez que as minhas certezas foram pelo cano. Que lufada de ar fresco! Depois de meses sem saber para onde ir, começo a encontrar um ponto de luz que me direciona o caminho. (Foto tirada da net, pode ter direitos de autor)

Ciclos de Vida

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"O Mundo de Sofia", Jostein Gaarder

Em modo férias

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Entro em modo de férias com nova aula de aéreos. Encontro desafio e debato-me com a frustração. O meu interesse nesta actividade começou em 2016 (não estou certa de que tenha contado esta história, mas hoje também não é o dia). Sei que, a duas semanas de terminar o "ano lectivo", estou melhor hoje do que em Outubro passado. Estou muito melhor do que em 2019 quando me inscrevi pela primeira vez. Estou ainda melhor do que quando experimentei pela primeira vez em 2016. Não obstante, comparando com todos os meus colegas, entre prós e aspirantes, eu continuo a ser a que tem mais dificuldade. É um facto. E sei que não nos devemos comparar aos outros. Sei que a única comparação que devemos fazer é entre quem somos e quem fomos. Ainda assim, há dias em que me sinto frustrada. Frustrada por sucessivamente ter medo, ter receio, bloquear-me e fracassar. Mas continuo nas tentativas e sei que devo fazê-lo. Nada me tem obrigado mais a trabalhar o ego. Nada me tem forçado mais a trabalhar a...

Abençoada 💛

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Temperança

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 Ao longo dos últimos três anos tenho voltado ao mesmo "ponto crítico" várias vezes. Mais vezes até do que gostaria. Mas sei que, ainda que volte, há uma mudança gradual na minha forma de sentir e vivenciar a dor. A possibilidade de transmutação dá-me esperança, traz-me a fé de que, um dia, eu olhe para aquele quadro e não sinta mais do que gratidão, e que o coração curado possa, por fim, se despedir. O fosso vai sendo ampliado. Cada vez é maior a distância entre o que foi e o que é e a Lídia que é também se começa a parecer diferente da Lídia que foi. Ainda bem que assim o é. Ainda bem que a vida nos permite tomar novos rumos depois de termos tido de chafurdar na lama. Ainda bem que  depois da tempestade vem a bonança . E ainda bem que reconheço essa bonança em coisas tão simples e corriqueiras. (Foto tirada da net pode ter direitos de autor)