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A mostrar mensagens de janeiro, 2019

Caminhadas à chuva

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Sou uma pessoa com gostos simples. Gosto de Lisboa, fascina-me a noite e adoro a chuva. Acresce que não tenho um particular talento para tirar fotografias pelo que a minha tentativa em registar estas minhas três paixões ficou um pouco aquém. Dias de chuva convidam a um passeio. Não receio os pés molhados nem a roupa encharcada porque regresso de alma lavada. Chego a pensar que talvez ainda não tenha plena consciência da revolução que vai acontecendo dentro do mim a cada passo que dou. Mas há coisas que são assim. Não têm de ser compreendidas, nem explicadas. É para sentir. E eu sinto, sinto intensamente enquanto penetro na escuridão da noite e vivencio cada gota de água a escorrer pelo rosto.

Lodo

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Descida desenfreada pelo poço. Unhas lascadas, verniz estalado. Braços e pés rasgados. Mãos cravadas nas paredes desnudadas tentam impedir a queda.   Não lutes! Não resistas! Deixa-te cair no teu próprio lodo. Mergulha nele. Abraça-o.  Enfrenta-te a ti e aos teus medos mais secretos até que tu e eles sejam um só.

Drama queen

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Dramatiza no palco. Desdramatiza a vida.

Aceita

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Dói. Eu sei que dói. Mais ou menos do que esperavas. A vida pede-te algo simples: Ama-te. Aceita-te como és. Aceita as tuas qualidades e as tuas fraquezas. Aceita a tua medida e o teu tempo. Aceita o que os outros aceitam em ti bem como o que rejeitam. Aceita a tua mente energica e o teu coração mole. Aceita a tua coragem e aceita a tua fragilidade. Aceita que ris como uma louca e choras como uma criança. Aceita o que sabes e aceita que ainda tens muito para aprender. Aceita quando fazes certo e aceita quando fazes errado. Aceita quando tens e aceita quando te falta. Aceita quando és muito e quando és pouco. Aceita e poderás começar a deixar algumas das tuas máscaras em casa quando caminhas na rua.

13

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Ela olhou-me nos olhos e disse: “Não te queixes. As coisas só vêm até nós quando estamos preparados para as receber.” Soou a sentença como se estivesse num Tribunal. Cessara a fase da argumentação. Não se negoceiam os termos nos quais vimos viver. É assim. Aceita! Segue uma lista de trabalhos hercúleos (pelo menos o são para mim) que das duas uma: ou os realizo como parte da transformação, ou como parte da penitência. Aceitar é algo que tenho dificuldade em fazer. Seja pelo excesso de medo ou pelo excesso de orgulho. ESCOLHO TRANSFORMAR-ME, meio contrariada. Rabugenta…. Amaldiçoo-o meio mundo. Parto a loiça. Grito! Choro! Por fim,… cedo. Associo este momento à carta 13 do Tarot. De longe, a minha carta favorita: O Arcano Sem Nome. É a “morte” que vai chegando. Mas não a morte física. Não necessariamente a morte física, mas sim a morte das ideias erradas, das crenças erróneas, da ilusão, do modo de vida desajustado. Morte do que não serve, do que está a mais. Morte do qu...

Refúgio

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Estas palavras chegaram até mim, talvez para explicarem o que eu nem sempre consigo explicar. “ Solitude is for me a fount of healing which makes my life worth living. Talking is often torment for me, and I need many days of silence to recover from the futility of words.” (Carl Jung) P.S. Foto tirada no belíssimo Jardim da Estrela, o meu palco de introspeções.

Momentum

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É preciso resgatar o que de nós não foi aceite durante muito tempo. O processo é moroso, doloroso. É um processo de quedas e desilusões com quem nos rodeia, com os amores, com os amigos, com a família, até ao dia em que olhamos ao espelho e percebemos que a nossa maior desilusão foi connosco próprios. O processo vem de trás, mesmo antes de nos darmos conta de que já o tínhamos iniciado. Primeiro com passos bebé, timidamente, receosamente, a caminharmos de encontro ao olho do furacão de forma quase distraída. Quando aqui chegamos já não há como fugir. Preparados, ou não, chegou a hora do teste.

Looking inwards [Citação]

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Ponto de partida

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São tempos de transformação. É um mix de dor com esperança. Dor pelo que fica pelo caminho, mas muita esperança no próprio caminho. Se há alguns meses ainda conseguia vislumbrar os raios de luz, hoje não os vejo. Sinto-me como se estivesse num quarto vazio e escuro, sem janelas mas com a porta bem escancarada. Não há nada que me impeça de sair, mas sei que o que está fora é igual ao que está dentro. Não tenho medo, porém! Não, não tenho medo! Hoje percebo que é na sombra que nos destruímos para da sombra renascermos. E viver a nossa luz implica também saber viver a ausência de luz. Admito que desejei este momento com a mesma intensidade com que o temi. Receio por tudo o que pode e vai fugir ao meu controlo. Lamento, por antecipação, cada perda e cada lágrima. Mas preciso tanto de me ver sem máscaras, sem artifícios e sem carências. Acima de tudo, preciso tanto de me VER realmente, como se eu própria fosse um parente meu que não vejo há imenso tempo e cuja ausência me dilace...

Estranhezas

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Olho para as pessoas e elas são-me estranhas. Mas talvez a estranheza não esteja em quem eu vejo, mas nos meus olhos que julgam estar a ver.

Saturno-Saturno

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Quando não há nada para dizer, não há nada para dizer. Se ainda não se chegou ao destino, talvez esteja na altura de seguir uma nova direção.

Desejos 2019

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Desejos para o ano novo? Não ter medo de crescer mesmo que doa. Não ter medo de errar mesmo que doa. Não ter medo de amar mesmo que doa. Não ter medo de acreditar mesmo que doa. Que a diferença entre o que aparento e o que sou seja cada vez menor. Bom Ano!!!