Há posts que são mais fáceis de escrever do que outros. Este é difícil. Ainda bem. É difícil porque dói mas talvez só a dor possa libertar. Há dois anos cruzei-me com um senhor, um indivíduo com uma intuição fantástica, que me deu um conselho. Aconselhou-me a abdicar de algo que, naquela altura, era muito importante para mim. Agradeci e segui caminho convencida de que não o iria fazer. Não conseguia, não podia e sobretudo não queria. Não me apercebi naquele momento de que, por vezes, só abdicando do que não serve podemos arranjar espaço para o que serve. Dois anos passaram e, ao longo deste tempo, tenho repetido padrões e obtido, naturalmente, o mesmo resultado. E hoje lembrei-me desse conselho. Não me arrependo de não o ter seguido mas acho que chegou a altura certa de o fazer. E não sei o que ficará depois. Não sei o que restará. Não sei o que sobrevive ou o que desmorona. Mas não me interessa. Rendo-me. Rendo-me à ideia de que quis e não tive. Rendo-me à ideia d...