A Caminhante

Perco-me ou me encontro. Tudo depende do ponto de vista. Gosto de me encontrar, mas não me importo se [me] perder de vez em quando. É preciso viver a perda para valorizar o ganho. E viver o ganho sem medo de perder.

Esta sou eu. Tinha 4 anos. É estranho olhar para a foto da criança que fui e procurar nela aquilo que, ao longo dos anos, fui perdendo de vista. Tenho algumas fotos espalhadas pela casa, mas não tenho por hábito prestar-lhes qualquer atenção. Acho que não se deve olhar demasiado para o passado quando se sonha com o futuro. Admito também que, talvez, tenha havido um momento na minha vida em que me convenci que não valia a pena recordar. E esta menina ficou para trás, juntamente com todas as fotos que a retrataram. Até hoje. Esta sou eu, mas não sou eu. Para além dos caracóis, tudo o resto mudou. E se é certo que o tempo traz a sabedoria, também é certo que leva de nós grande parte da coragem que só as crianças possuem e que está intimamente ligada à capacidade em não ter medo de sonhar. Cada um de nós é a soma das circunstâncias a que vive sujeito e a que se sujeita. Diariamente convivemos com o resultado das nossas escolhas, mas as primeiras impressões jazem nesse passado da infân...

Em cada dor reside a oportunidade de cura. Em cada queda resiste a esperança. No fundo, o caminho nunca deixa de ser ascendente mesmo que possa nem sempre parecer. A isto chama-se viver.

Gosto de histórias. Sempre gostei, desde pequena. A maior história é a vida de cada um que, por sua vez, é composta por pequenas histórias. Como qualquer história que se preze, terá um pouco de tudo. Às vezes, é uma comédia. Outras vezes, um drama. Às vezes, é como um daqueles livros que não conseguimos parar de ler. Outras, assemelha-se mais a um capítulo que deixamos a meio. É feita de palavras e é feita de reticências. Alterna entre diálogos para partilhar vivências e monólogos para expurgar a dor. E assim será até ao dia em que tudo cesse. Cessarão então as exclamações, as questões, as interjeições. Não haverá mais vírgulas. Coloca-se o último ponto final.

When you complain about something you actually lik e 😀

I like words and I like the silence. They both serve their purpose.

At the end of the day we need to believe we are enough. That means accepting the one single individual we are stuck with: ourselves. This world is lacking love. But above all it is lacking self-love. 

I came across this image the other day.  It is a very strong image I know  but it really had a deep impact on me. The picture shows an enlightened being giving something to another being that is chained and surrounded by demons. Overral, it represents compassion from one being to another. But there are subtle interpretations. Some say that we live mental experiences and therefore we can either be living in hell or in heaven depending on our mental state. And we even move from one state to another in a question of seconds. When our mind is disturbed by something and we allow anger, hate, envy, jealousy to come forward, we are really not that different from the chained being in the picture (figuratively speaking). These bad emotions are represented by the demons and we are chained not to the reality but to our individual perception of the reality, which causes us a great deal of pain. The good thing is, the same way we generate bad feelings and intentions, we can also genera...