A Caminhante

“This world is your best teacher. There is a lesson in everything. There is a lesson in each experience. Learn it and become wise. Every failure is a stepping stone to success. Every difficulty or disappointment is a trial of your faith. Every unpleasant incident or temptation is a test of your inner strength. Therefore nil desperandum. March forward hero!” Sivananda #sivanandaquotes #virabhadrasana

Dor. O que é a dor? Todos nós já sentimos tristeza, angústia, desespero. A dor faz parte da vida, tal como a alegria. A dor é passageira, tal como a alegria. E se sentimos dor pela cessação da alegria, sentimos alegria pela cessação da dor. Queremos estados permanentes do que é bom. Não queremos sentir o que é mau. Mas o que é “supostamente bom” é tão necessário como o que é “supostamente mau”. Nesse rodopio entre um estado e outro, crescemos. É preciso olhar para a alegria com gratidão e para a dor com complacência. São os nossos mestres que nos vão dando aquilo que precisamos, não necessariamente o que achamos que precisamos. Nunca será fácil, mas o tempo faz com que seja menos difícil.

“Take any path you like; follow any prophet you like; but have only that method which suits your own nature, so that you will be sure to progress.” Swami Vivekananda

Fui à praia este fim de semana. Se disser que só ganhei gosto pelo mar nos últimos dois anos, talvez pareça impossível, mas assim é. Recordo-me de ir à praia com os meus pais, estar sentada na areia e ser inundada por pensamentos. Não sei por que motivo, (quiçá o cheiro a mar salgado) mas pensava muito mais na vida nessas alturas. E deprimia-me. Crescer foi difícil. Ser menina, adolescente, chegar à idade adulta foi difícil. Mas ontem reparei que estar sentada na areia já não é um convite à depressão. Fico a observar as ondas, os sorrisos e olhares dos banhistas, as geladeiras e chapéus de sol, as boias e raquetes de praia, os sons, as gaivotas ao longe, os bate-bocas... Que bela imagem os meus olhos vislumbram sob o sol quente de agosto. P.S. Quadro de autoria de Debbie Miller

Sou do tempo dos jogos do mata, do elástico e da macaca. Sou do tempo em que não havia internet, nem telemóveis. Não sabia o que era um endereço de email nem website. Sou do tempo em que não havia hi5, nem Facebook, nem Instagram. Sou do tempo em que não se falava em “selfies”. Sou também do tempo em que, para fazer os trabalhos da escola, tinha de ir à biblioteca para consultar livros. Sim, livros! E tinha de os ler. Tenho saudades desses tempos… Era muito mais livre do que sou agora. Quando vejo o mundo de hoje, não posso deixar de pensar que estamos a pagar um preço muito elevado pelo avanço tecnológico.